Traficantes de escravos e escravidão no Recife, 1820-1860

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2022.64626

Palavras-chave:

tráfico de escravos, escravidão, traficantes, africanos livres.

Resumo

Resumo: Este artigo procura abrir a discussão sobre a cultura político-econômica, a qual denominamos “Escola da ilegalidade”, onde comerciantes atlânticos e interprovinciais enriqueceram como traficantes de escravos e tornaram-se verdadeiros capitalistas, atuando no negócio mesmo após as leis antitráfico, passando o conhecimento de pai para filho, demais familiares, sócios e até mesmo autoridades dos poderes provinciais e imperiais. Para isso, seguimos as redes de alguns desses negociantes atuantes da Praça comercial do Recife entre os anos de 1820-1860, mostrando a evolução do negócio que se tornou um grande sistema nacional aceito, movimentando parte expressiva da economia do Brasil Imperial.

Biografia do Autor

Amanda Barlavento Gomes, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutoranda e Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES).

Arthur Danillo Castelo Branco de Souza, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutorando e Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES).

Referências

Biblioteca Nacional – Hemeroteca Digital

Periódicos:

• Diario de Pernambuco:

de dezembro de 1845 nº 285

de julho de 1831.

de abril de 1830. nº 369.

de março de 1835. nº 29.

de outubro de 1838. nº 226.

de novembro de 1844. nº 258.

de setembro de 1836. nº 198.

de novembro de 1844. nº 253.

de outubro de 1844. nº 243.

de outubro de 1831. nº 221.

de abril de 1830. nº 351.

de outubro de 1831. nº 221.

de fevereiro de 1831. nº 31.

de agosto de 1831. nº 167.

de agosto de 1831. nº 170.

de junho de 1827. nº 136.

de agosto de 1844, nº 194.

de novembro de 1844, nº 255.

de janeiro de 1849, nº 2.

de outubro de 1846.

de outubro de 1850, nº 240.

de dezembro de 1864.

de dezembro de 1864.

• O Liberal. Periódico Político, Judiciário e Litterario:

de março de 1863, nº 19.

• O Conservador. Jornal Político, Noticioso e Litterario:

de Novembro de 1867, nº 32.

• Almanach de Pernambuco para o anno de 1909, 11º Ano.

• Almanak Administrativo, mercantil e industrial da Província de Pernambuco para o anno de 1861. Pernambuco: Typ. De Geraldo Henrique de Mira e C. Rua estreita do Rosário, n.12, 1831.

Site Transatlantic Slave Trade Database https://www.slavevoyages.org/:

Viagens # 48690 e # 48704.

Referências Bibliográficas

ALBUQUERQUE, Aline. De “Ângelo dos retalhos” a Visconde de Loures: a trajetória de um traficante de escravos (1818-1858). Recife: Universidade Federal de Pernambuco, Dissertação de Mestrado, 2016.

ARAÚJO, Emanuel. O Teatro dos Vícios. Transgressões e transigência na sociedade urbana colonial. 2ºed. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1997.

BETHELL, Leslie. A abolição do tráfico de escravos no Brasil: A Grã-Bretanha, o Brasil e a questão do comércio de escravos 1807-1869. Tradução de Luís A. P. Souto Maior. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2002.

BEIGUELMAN, Paula. A formação do povo no complexo cafeeiro: aspectos políticos. São Paulo: Pioneira, 1977.

CADENA, Paulo Henrique Fontes. A política como “arte de matar a vergonha”: o desembarque de Sirinhaém em 1855 e os últimos anos do tráfico para o Brasil. Revista Topoi, Rio de Janeiro, v. 20, n. 42, pp. 651-677, set/dez. 2019.

CARVALHO, Marcus J. M. de. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife, 1822-1850. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2010.

________Os nomes da Revolução: lideranças populares na Insurreição Praieira, Recife, 1848-1849. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 23, nº 45, 2003. pp. 209-238.

________ A repressão do tráfico atlântico de escravos e a disputa partidária nas províncias: os ataques aos desembarques em Pernambuco durante o governo praieiro, 1845-1848. Tempo. vol.14 n°.27 Niterói, 2009. pp.143-145.

________ O Desembarque nas praias: O funcionamento do tráfico de escravos depois de 1831. Revista de História: São Paulo, 2012. Nº 167. pp. 223-260.

________O Patacho Providência, um navio negreiro: política, justiça e redes depois da lei antitráfico de 1831. Varia Historia. N°54, Vol. 30. setembro/dezembro, 2014.

________Trabalho, cotidiano, administração e negociação numa feitoria do Tráfico no rio Benim em 1837. Afro-Ásia, nº 53 2016. pp. 227-273.

________;CADENA, Paulo Henrique Fontes. A política como “arte de matar a vergonha”: o desembarque de Sirinhaém em 1855 e os últimos anos do tráfico para o Brasil. Revista Topoi, Rio de Janeiro, v. 20, n. 42, set/dez. 2019. pp. 651-677.

CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

CONRAD, Robert. Os últimos anos da escravatura no Brasil: 1850-1888. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1975.

COSTA, Wilma Peres. O Império do Brasil: dimensões de um enigma. Revista Almanack braziliense. Nº 01. Maio 2005.

ELTIS, David E RICHARDSON, David. Atlas of the Transatlantic Slave Trade. New Haven e Londres: Yale University Press, 2010.

________(Ed.). Extending the Frontiers: Essays on the New Transatlantic Slave Trade Database. New Haven: Yale University Press, 2008.

FLORENTINO, Manolo. e FRAGOSO, João. O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia: Rio de Janeiro, c.1790-1840. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2001.

________Em costas negras: Uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (Séculos XVIII e XIX). 2ª ed. São Paulo: Ed. UNESP, 2014.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos Decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. 1ª edição digital. São Paulo, 2013.

GOMES, Amanda Barlavento. A trajetória de Vida do Barão de Beberibe, um traficante de escravos no império do Brasil (1820 – 1855). Dissertação de mestrado em História. UFPE. 2016.

GRIMBERG, Keila; SALLES, Ricardo. (Org.). Coleção Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

GURGEL, Argemiro Eloy. A Lei de 1831 e as ações cíveis de liberdade na cidade de Valença (1870-1888). Dissertação de Mestrado em História. UFRJ / IFCS, 2004.

KARASCH, Mary. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo, Companhia das Letras, 2000.

MALHEIRO, Agostinho Marques Perdigão, A escravidão no Brasil: ensaio histórico- -jurídico-social. São Paulo: Edições Cultura, 1944 [1866].

MAMIGONIAN, Beatriz; GRINBERG, Keila. Dossiê: “Para Inglês ver” Revisitando a lei de 1831. Revista estudos Afro-Asiáticos n° 1-2-3, 2007. pp. 87-90.

MARQUES, João Pedro. Arsênio Pompílio Pompeu de Carpo: um percurso negreiro no século XIX. Revista Análise Social, volume 36, 2001.

PARRON, Tâmis. A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

REIS, João José. GOMES, Flávio dos Santos. CARVALHO, Marcus J. M. de. O Alufá Rufino: Tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico Negro (c. 1822 – c.1853). Companhia das Letras: São Paulo, 2010.

RODRIGUES, Jaime. O Infame Comércio: Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800 – 1850). São Paulo: Editora da UNICAMP, CECULT, 2005.

Downloads

Publicado

2022-06-05

Edição

Seção

EXPIRADO - (24) DOSSIÊ - Escravidão e liberdade no Brasil Independente