A "Bahia de Todos os Santos" de Jorge Amado e Maurice Capovilla: na encruzilhada entre guia e documentário

Autores

  • Amanda Danelli Costa Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2020.52485

Palavras-chave:

Bahia de Todos os Santos, Jorge Amado, Maurice Capovilla, cultura urbana

Resumo

Em 1945 Jorge Amado publicou o guia “Bahia de Todos os Santos: guia de ruas e mistérios de Salvador”. Em 1974, à luz do guia, Maurice Capovilla realiza o documentário “Bahia de Todos os Santos”, exibido no mesmo ano no programa Globo Repórter da Rede Globo. O presente artigo visa primeiramente expor os caminhos, em paralelo, de formação e engajamento crítico com a realidade brasileira do romancista e do diretor; e depois cruzar as duas obras, a fim de analisar como as percepções sobre a cultura e o povo baianos, bem como suas tensões expressas no território de Salvador, resultam simultaneamente em particularidades da cultura urbana situadas na cidade e em matéria apropriada pela cultura brasileira.

Biografia do Autor

Amanda Danelli Costa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Adjunta do Departamento de Turismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutora e Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Bacharel e Licenciada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

2020-08-31