CONTRACINEMA: MULHER E TERRITORIO NOS FILMES YVONNE KANE (2015), DE MARGARIDA CARDOSO E PRAÇA PARIS (2017), DE LUCIA MURAT
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2020.52461Palavras-chave:
contracinema, cinema de mulheres, feminismo interseccional, raça, gêneroResumo
Ao discorrer sobre o "cinema de mulheres" como um contracinema, propomos uma análise dos filmes Yvone Kane (2015), de Margarida Cardoso e Praça Paris (2017), de Lúcia Murat, duas coproduções Brasil-Portugal (no caso de Yvone Kane também com Moçambique) que põem em perspectiva o olhar da mulher branca sobre a “outra”, no caso, a mulher negra. Percebemos em ambos os filmes, uma relação construída entre a subjetividade feminina das personagens em relação com a paisagem/território (seja em África ou no Brasil) que parece sublinhar, como apontamos em algumas cenas aqui apresentadas, uma tensão racial entre a mulher branca e a mulher negra. Propomos um olhar analítico construído a partir da teoria e crítica feminista de cinema e do feminismo interseccional para analisar e discorrer acerca de ambos os filmes.
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