O IMAGINÁRIO UTÓPICO NOS CINEJORNAIS DA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2020.52235Palavras-chave:
corpo, espaço fílmico, tempo histórico, BrasíliaResumo
O presente trabalho investiga o imaginário utópico da construção de Brasília nos cinejornais financiados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). A análise aborda os encadeamentos entre tempo histórico e tempo narrativo nas mitologias do bandeirantismo e do “descobrimento” atualizadas nesses filmes, vinculadas aos ideais da refundação e do desbravamento do país e sob a égide do progresso; a elaboração do espaço fílmico em que os espaços expansivos criam através da câmera a conquista do território e do futuro; e, por fim, na ação dos corpos em cena (dando a ver os líderes como sujeitos que pensam e os operários como corpos-máquinas).
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