PRECONCEITO EM FOCO NA SALA DE AULA: ENTRE O DEBATE O TRABALHO DE CAMPO

Autores

  • Priscila Aquino Silva Universidade Federal Fluminense/ Faculdade de São Bento/ Instituto GayLussac

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2019.44741

Palavras-chave:

Racismo institucional – Racismo Estrutural – Etnocentrismo – Ensino de História

Resumo

Eurocentrismo e ensino de História são duas instâncias que têm caminhado lado a lado ao longo da construção da disciplina nos livros didáticos e nas salas de aulas no Brasil. Ao valorizar a arte, a cultura e a história europeias enquanto fundadoras de nossa identidade, o currículo de História se tornou além de eurocêntrico, etnocêntrico. O conceito de etnocentrismo e seu resultado prático em uma sociedade que reproduz o racismo foi o foco de uma atividade didática que envolveu os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede privada de Niterói, Rio de Janeiro. O objetivo foi colocar em debate o preconceito racial através da discussão sobre racismo institucional e estrutural, envolvendo os alunos em um trabalho de campo em quatro lugares diferentes da cidade. O presente artigo pretende apresentar essa proposta didática, atuando como divulgador de uma atividade que pode ser reproduzida em outros ambientes escolares.

Biografia do Autor

Priscila Aquino Silva, Universidade Federal Fluminense/ Faculdade de São Bento/ Instituto GayLussac

Pós-doutoranda em História Antiga e Medieval pela UFF, professora da pós-graduação da Faculdade de São Bento e professora da rede privada de ensino no Instituto GayLussac.

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Publicado

2019-08-23