SERÁ MBÔNGI’A ÑGÎNDU A ESCOLA DAS CIÊNCIAS POLÍTICAS NO ANTIGO KÔNGO?

Autores

  • Patrício Batsîkama CEICA/ISPT

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2019.42055

Resumo

Existem várias informações espalhadas em diversos documentos desde século XV até o século XX, onde encontramos dados importantes que possam reconstruir o que terá sido Mbôngi. Existem pessoas que foram iniciadas no mbôngi, embora o Cristianismo colonial considerou de uma sociedade secreta perigosa. Uma exploração etnográfica permite-nos fazer um olhar endógeno e perceber que se trata de um espaço formativo para os servidores públicos. Uma comparação destas fontes permite-nos perceber que Mbôngi’a ñgîndu terá sido uma Escola onde se ensinava as Ciências Políticas.

 

 

Biografia do Autor

Patrício Batsîkama, CEICA/ISPT

Doutorado em Antropologia.

Referências

ARISTÓTELES, (1965), A Política, Lisboa: Editorial Presença

ASIS JUNIOR, A. (s/d), Dicionário kimbûndu-Português. Linguístico, botânico, histórico e corográfico, Edição Agente Santos & C Lda., Luanda.

BALANDIER, G. (2009), La vie quotidienne au royaume du Kongo au XVI e XVII siècle, Paris: Hachette (1ª edição em 1965).

BARRACHO, (2008), Poder, autoridade e liderança, Lisboa: Universidade Lusíadas Editora

BATSÎKAMA, P. (2018), Reino do Kôngo: Origens, Política e Economia, Luanda: Mayamba

BIEBUYCK, D. (1973), Lega Culture: Art, Initiation, and Moral Philosophy among a Central African People. London: University of California Press

BOCKIE, S., (1993), Death and the invisible Powers. The World of Kongo Belief, Bloomington: Indiana Press

CADORNEGA, A O. (1940), História geral das guerras angolanas 1680-1681 (anotado e corrigido por José Matias Delgado e monsenhor Manuel Alves da Cunha), Lisboa: Agência geral das Colónias, Vol I.

CADORNEGA, A O. (1942), História geral das guerras angolanas. Tome III. 1681, Lisboa: Agência geral das Colónias, Vol II.

CARVALHO, H. A. D. (1890), A Lunda ou os estados de Muatiânva, Lisboa: Imprensa Nacional.

CAVAZZI, A. (1965), Descrição histórica dos três reinos do Congo, Matamba e Angola, Lisboa: junta e Investigação Ultramar

CUVELIER, J. (1953), Documents sur une mission française au Kakongo 1766-1776, Bruxellas.

CUVELIER, J. (1974), Nkutama mvila za makanda, Tumba

DAPPER, O. (1676), Naukeurige Breschrijvinge der Afrikaensche Gewesten, Amisterdam

De BOUVEIGNES, O. & CUVLIER, J. (1951), Jerôme de Montesarchio, apôtre du vieux Congo, Namur : Grands Lacs

DE HEUSCH, L. (2000), Le roi Kongo et les monstres sacrés, Paris: Gallimard

DOKE, D.T., (1954), The Soutern Bantu Languages. Handbook of African Languages, Oxford/New York: Oxford University Press

DOUTRELOUX, A. (1967), L’ombre des fétiches. Sociétés et cultures Yombe, Louvain: Nauwelaerts

HEUSCH, L. (1972), Le Roi ivre ou l’Origine de l’Etat, Paris: Gallimard

JANZEN, J.M. (1982), Lemba, 1650-1930: a drum of affliction in Africa and the New World, New York

LAMAN, K.E., (1936), Dictionnaire Kikôngo-français, avec une étude phonétique décrivant les dialects les plus importants de la langue dite Kikôngo, Bruxelas

MERTENS, J. (1936), Les chefs couronnés chez les Bakôngo orientaux, Bruxelas : I.R.C.B.

NASCIMENTO, P. De (1903), Diccionário portuguez-kimbûndu, Huila.

PROYART, L.B. (1776), Histoire de Loango, Kakongo eta utres royaumes d’Afrique, Paris

RANDLES, W.G.L. (1968). L’Ancien royaume du Congo. Des origines à la fin du XXº siècle, Mouton: Paris-La Haye

RAVENSTEIN, E.G. (1901), The Strange Adventures of Andrew Bettel of Leigh, in Angola and adjoining Regions, Londres : Hakluyt Society

VANSINA, J. (1963), “Notes sur l’origine du royaume de Kongo”, In: Journal of Africa History, Vol. IV, #3, 33-55

VANSINA, J. (1969), “The bells of kings”, In: Journal of African History, #10, pp.187-197

VANSINA, J. (2001), “Portuguese vs Kimbundu: Language Use in The Colony of Angola (1572-c.1845), In: Bulletin Séances de l’Académie de Sciences en Outre-Mer, Overzeese, #47, pp.267-281

WEBER, M. (1982), Ensaio de Sociologia, Rio de Janeiro : LTC Editora

YEKOKA, J-F., (2013), L’homme et sa terre au pays Boko-Songho du XVIIIº au début XXIº siècle, Brazzaville: Université Marien Ngouabi.

Downloads

Publicado

2019-04-24