EM ANGOLA O ENSINO BILINGUE PODE CONTRIBUIR PARA A EDUCAÇÃO E MANUTENÇÃO DA PAZ NACIONAL

Autores

  • Teresa Almeida Patatas Universidade Mandume Ya Ndemufayo – Escola Superior Politécnica do Namibe, Angola
  • Joana Quintas Universidade Katyavala Bwila ISCED - Benguela – Angola

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2019.42031

Palavras-chave:

Ensino Bilingue, Línguas Angolanas, Língua Portuguesa, Educação para a Paz

Resumo

Em Angola, país pós-conflito, a manutenção da paz é uma preocupação social. Nessa nação multicultural e plurilingue a língua portuguesa sempre assumiu a hegemonia em termos de escolarização e de administração, apesar de existirem várias línguas nacionais. Essas línguas entraram tardiamente na educação formal. O seu ensino é considerado importante na promoção e manutenção da paz nacional. Acredita-se que o ensino bilingue desde a primária, pode trazer múltiplas vantagens e contribuir para uma mudança multifacetada necessária para a preservação da paz. O objetivo deste estudo é mostrar que a escola angolana como agente de socialização e de formação de personalidade infantil pode impulsionar uma educação para a paz promovendo uma educação bilingue. Para a concretização deste objetivo fez-se uma pesquisa bibliográfica. Na parte empírica usaram-se grupos focais em turmas de ensino de línguas angolanas na província do Namibe.

Biografia do Autor

Teresa Almeida Patatas, Universidade Mandume Ya Ndemufayo – Escola Superior Politécnica do Namibe, Angola

Pós-doutoranda em Educação Comparada; Doutorada (Ciências da Educação).Professora no departamento de Contabilidade e Gestão e ambiente e Chefe de biblioteca. Formadora e Chefe de Biblioteca da Escola Superior Politécnica do Namibe -UMN - Angola.Membro Executivo do Projecto UNESCO - Arquivo Multimédia da Poesia dos Países da CPLP.Investigadora Associada da Equipa de Investigação do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CeiED) - Portugal.

Referências

AMARO, G. (Coord). Educação para os direitos Humanos: Actas do encontro Internacional. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2002.

ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE ESCRITORES (PEN). Manifesto de Girona. Girona: PEN, 2011.

CARVALHO, J. A. Construção da identidade de uma nação por meio da língua escrita ou falada. Revista Fórum Identidades, 2008, 4 (II), p. 83-90.

CASASSUS, J. A escola e a desigualdade. (2ª ed.). Brasília: Líber Livro Editora, UNESCO, 2007.

CHICUMBA, M.S. A educação bilingue em Angola e o lugar das línguas. IV Colóquio Internacional de Doutorandos/as do CES: Cabo dos Trabalhos, 2013.

COLE, C. Começar pelas crianças: Aprender sobre si próprio e sobre os outros para construir um futuro com mais paz. In AMARO, G. (Coord.). Educação para os direitos humanos: Actas do encontro internacional. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2002, p. 185-188.

Constituição da República. Luanda: Governo de Angola. Disponível em: http://imgs.sapo.pt/jornaldeangola/content/pdf/CONSTITUICAOAPROVADA_4.2.2010-RUI-FINALISSIMA.pdf, 2010.

COSTA, M. A. Estruturalismo. MARTELOTTA, M. E. et al. Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2008, p.113-126.

COSTA, M. A. da. Compreensão e produção da linguagem verbal. In Diversidade, 2008.

COSTA, T. Umbundismos no Português de Angola. Proposta de um Dicionário de Umbundismos. 2015 Eficiências educativas. Tese de Doutoramento - UNL. Lisboa: ISPA.

FROMKIN, V. & RODMAN. R. Introdução à Linguagem. Coimbra: Livraria Almedina, 1993.

GINGRAS, D. M. M. Como Ensinar Atitudes – Planificar, intervir, valorizar. Coleção Práticas Pedagógicas. Lisboa: Ed. Asa, 1999.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (INE). Censo 2014: Resultados definitivos: Recenseamento Geral da população e da habitação de Angola 2014 – Província do Namibe. Luanda: INE, 2016.

JAMES, W. M. (Historical Dictionary of Angola. Toronto: The scarecrow Press, 2004.

KELLER, J. M. Motivational Design for learning and performance. The Arcs Model Approach. US: Springer, 2010.

Lei 17/16, de 7 de Outubro,.linguística na escola portuguesa. Nº 170. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. I L T E C, I Série. p. 265-270.

MARTINS, G. O. Toda a educação é educação cívica. In AMARO, G. (Coord.). Educação para os direitos humanos: Actas do encontro internacional. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2002, p. 21-36.

MARTINS, M. A. IX Colóquio de Psicologia e Educação. Dinâmicas Relacionais e eficiências educativas. Lisboa: ISPA, 1996.

MARTINS, M. A. X Colóquio de Psicologia e Educação. Educação Pré-escolar Modelos, Investigação e Práticas Educativas. Lisboa: ISPA, 1998.

MATEUS, M. H. M. A contibuição do estudo dos sons para a aprendizagem da língua. In Actas do 7º congresso da APP. Lisboa: Saber ouvir/Saber falar, 2007, p. 1-22.

MATEUS, M. H. M. Difusão da língua portuguesa no mundo. Simpósio FLUL/ILTEC sobre Difundir o português.. Lisboa: Edição da Fundação Clouste Gulbenkian, 2008, p. 1-13.

MATEUS, M. H. M. Diversidade linguística na escola Portuguesa. Lisboa: Revista Lusófona de Educação, nº 18, 2011, p. 13-24.

MATEUS, M. H. M. e Xavier, M. F. Dicionário de termos linguísticos. Associação portuguesa de linguística e instituto de linguística teórica e computacional, I, Lisboa: Editora Cosmos, 1990.

NELSON, C.L. My language, your culture: whose communicative competence? Wiley Online Library, 1985.

NETO, M. G. Aproximação linguística e experiência comunicacional. Luanda: Editora Mayamba, 2012.

PINTO, V. F. Palavras de abertura do Seminário Escola e Sociedade Multicultural. In NAZARETH, M. & FERNANDES, M. B. Escola e sociedade multicultural. Lisboa: Ministério da Educação – Secretariado coordenador dos programas de educação multicultural, 1993, p. 11-14.

QUINO, A. A importância das línguas africanas de Angola no processo de ensino e aprendizagem da língua portuguesa. Luanda: Universidade Agostinho Neto, 2002.

REIS, V. Dinâmica Funcional vs Problemas funcionais da língua. Luanda: Editorial Nzila, 2006.

RODRIGUES, M. dos P. A Língua Portuguesa como Língua Segunda na Província do Huambo. 2012. Tese de Doutoramento. Lisboa. Universidade Nova de Lisboa.

ROLDÃO, M. Os professores e a gestão do currículo. 1999.

ROSE, P. Ensinar e aprender: alcançar a qualidade para todos. Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos (EPT) 2013/4. Relatório conciso. Paris: UNESCO, 2014.

SHERIF, M. & SHERIF, C. W. The Adolescent in his group in its setting: I. Theoretical approach and methodology required. American Psychological Association. Lo Angeles: Endnotes, 1964.

UNESCO Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Barcelona: Unesco, 1996.

VILELA, M. Reflexões sobre a política linguística nos PALOP. Africana Studia, 4, 2001, 33-48.

Downloads

Publicado

2019-04-24