CORPOS DISSIDENTES: AS IDENTIDADES QUE “INTERTRANSITAM” NO CINEMA ARGENTINO CONTEMPORÂNEO

Autores

  • Renata Santos Maia Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2018.39332

Palavras-chave:

gênero, cinema argentino, corpos, sexualidades.

Resumo

O que faz os corpos serem alvo do interesse e do controle por parte de tantas instituições na determinação da sua sexualidade, da sua identificação de gênero e da aparência do seu sexo biológico? Com o auxílio do potencial de inserção social que o cinema possui é problematizada aqui a violência sofrida pelas pessoas que se encontram à margem da sexualidade dominante e os discursos que insistem em tratar as identidades trans e intersexuais como distúrbios e/ou anomalias, em uma perspectiva dos estudos de gênero e utilizando os filmes: XXY(2007), dirigido por Lucía Puenzo, El último verano de la Boyita (2009) da cineasta Julia Solomonoff, e Mía (2011), do diretor Javier van de Cauter

Biografia do Autor

Renata Santos Maia, Universidade Federal de Santa Catarina

Renata Santos Maia é doutoranda em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, onde desenvolve estudos sobre gênero, cinema, sexualidades e feminismos; é mestre em História Social pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes - e está vinculada ao Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH), da UFSC.

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Publicado

2019-01-10

Edição

Seção

EXPIRADO - Artigo para dossiê