AGRICULTURA MODERNA E NOVOS ESPAÇOS URBANOS NO CERRADO BRASILEIRO
Abstract
Na contemporaneidade a ciência, a tecnologia e a informação constituem a base da expansão da agricultura moderna no cerrado brasileiro, implicando em repercussões na organização territorial das atividades agrícolas e urbanas, com conseqüências na divisão social e territorial do trabalho.
Os recentes processos que se desenvolvem nesses espaços apontam para a necessidade de se aprofundar o conhecimento dessa nova realidade rural e urbana. Estamos falando de áreas que se integram a redes nacionais e globais de circulação, de lugares que se articulam diretamente à rede econômica e técnica mundial.
No cerrado brasileiro agricultura, urbanização e modernização se manifestam articulados, surgindo ou transformando-se o urbano em função das ações das empresas agrícolas, das características técnicas e sociais, hierarquizando os lugares.
As novas formas urbanas que surgem a partir de atividades agrícolas altamente tecnificadas são dotadas de novas funções, constituídas pela implantação de serviços destinados a atender às necessidades da produção, comercialização e circulação, bem como ao sistema de comunicações e fluxos de informações, que possibilitam redução do tempo e redefinem a espacialidade dos circuitos de produção, permitindo que a região possa acompanhar a velocidade das mudanças e incorporar os elementos que facilitam sua competitividade no mercado internacional.
A metodologia proposta consiste em analisar os processos que possibilitam a mudança do universal em singular e que viabilizam as estruturas que se concretizam em formas espaciais particulares rurais e urbanas, dotadas de funções também particulares, que refletem a divisão social e técnica do trabalho, a qual pode ser traduzida em uma divisão técnica e social do espaço. Portanto, as categorias processo, forma, função e estrutura possibilitam uma interpretação do espaço não apenas em si, mas definindo a totalidade concreta, que se encontra em permanente mudança (Santos, 1985).
Tais estruturações na fronteira de expansão da agricultura moderna em Mato Grosso atendem à nova dinâmica de acumulação capitalista. O conhecimento em relação ao desenvolvimento da agricultura moderna e de suas necessidades em termos de novos territórios urbanos vincula-se a um conjunto de saberes espaciais que envolvem diferentes áreas do conhecimento, onde se destaca a contribuição do enfoque geográfico.
Palavras chave: agricultura moderna; espaços urbanos; cerrado brasileiro; características técnicas; características sociais
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