AS NECESSIDADES DE EFETUARMOS LEVANTAMENTOS PEDOLÓGICOS DETALHADOS NO BRASIL E DE ESTABELECERMOS AS SÉRIES DE SOLOS.

Autores

  • Igo Fernando Lepsch Instituto de Ciências Agrárias- Universidede Federal de Minas Gerais: ICA-UFMG

DOI:

https://doi.org/10.12957/tamoios.2013.5665

Resumo

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RESUMO:  Em um levantamento detalhado de solos (escala 1:25.000, ou maior), os pedólogos mapeiam  corpos de solo que podem ser considerados como objetos, representados por imagens (chamadas “perfis de solo”) - as quais podem receber denominações conceituais de acordo com um dado sistema de classificação. Muitos países  no início do século passado iniciaram e continuam o mapeamento de seus solos com levantamentos pedológicos detalhados, por meio da identificação das unidades de mapeamento   com os nomes das séries de solo. Mais tarde, nos EUA, essas séries também foram conceituadas como unidades taxonômicas . No Brasil, os levantamentos de solos tiveram início priorizando-se  mapas de pequena escala, com unidades de mapeamento que receberam nomes de classes de solo de alto nível categórico (grandes grupos) pertencentes a sistemas de classificação de outros países .Hoje, os nomes se referem a táxons do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) - ( subgrupos). Apesar das séries de solo serem consideradas como um dos mais eficientes meios de compartimentação do meio físico, de comunicação e extrapolação de conhecimentos pedológicos, elas ainda não foram devidamente conceituadas no Brasil. Neste artigo é feita uma revisão crítica de literatura sobre esse assunto ressaltando que, para  que  as séries de solo brasileiras sejam oficialmente identificadas, primeiramente devem ser mapeadas segundo modelos conceituais solo-paisagem,  os quais levam em consideração, não só a imagem dos perfis de solo e/ou os conceitos dos táxons do SiBCS, mas principalmente a geomorfologia, estratigrafia e hidrologia.Várias considerações são feitas a esse respeito  a fim de se enfatizar a necessidade de mais recursos materiais e humanos para o estabelecimento de um programa brasileiro de levantamento detalhado de solos, bem como o treinamento de novos pedólogos, para que o Brasil venha a ter - a exemplo dos EUA- seu território coberto por mapas de solos em escalas adequadas para aplicações práticas, tais como  projetos agrícolas, ambientais e obras de engenharia civil.

Palavras chave: pedologia; classificação de Solos; l


 

Biografia do Autor

Igo Fernando Lepsch, Instituto de Ciências Agrárias- Universidede Federal de Minas Gerais: ICA-UFMG

Graduou-se em Engenharia Agronômica pela UFRRJ (1961). Iniciou carreira em 1962 trabalhando em  conservação do solo e planejamento de propriedades agrícolas pelo  DEMA ( Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo). Em  1966 ingressou no Instituto Agronômico de Campinas (SP), atuando como pesquisador na Seção de Pedologia da Divisão de Solos, tendo ai se aposentado em 1992.Obteve os títulos de MS ( 1972) e PhD no “Soil Science Department, de North Carolina State University ( EUA) em 1975. Entre 1992 e 1996 foi professor visitante do Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP. De 1997 a 2001  professor visitante  na  Universidade Federal de Uberlândia. De 2003 a 2004 foi pesquisador visitante da UFLA ( Lavras, MG), a partir de 2006 retornou a ESALQ/USP ( Piracicaba, SP) onde atuou até agosto de 2012. Acumula importante experiência em estudos de solos, atuando principalmente nos seguintes temas: Pedogênese, Levantamentos Pedológicos, Mineralogia (incluindo biominerais como sílico-fitólitos), Química de Solos, Classificação e Relação Solos- Geomorfologia. É autor de vários artigos científicos e  livros-textos universitários sobre Pedologia ( Formação e Conservação dos Solos e 19 Lições de Pedologia ); em 2012, terminou a tradução do livro Elementos da Natureza e Propriedade dos Solos ( Brady e Weil, 2010). Atualmente atua como Professor Visitante junto ao Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, em Montes Claros, MG

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Publicado

2013-08-05

Como Citar

Lepsch, I. F. (2013). AS NECESSIDADES DE EFETUARMOS LEVANTAMENTOS PEDOLÓGICOS DETALHADOS NO BRASIL E DE ESTABELECERMOS AS SÉRIES DE SOLOS. Revista Tamoios, 9(1). https://doi.org/10.12957/tamoios.2013.5665

Edição

Seção

Artigos