CIVILIZAÇÃO NA ENCRUZILHADA: GLOBALIZAÇÃO PERVERSA, DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS E PANDEMIA

Autores

  • Márcio Cataia Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.12957/tamoios.2020.50742

Palavras-chave:

globalização perversa, desigualdades sócioespaciais, pandemia Covid19, Estado de insegurança, coronavírus

Resumo

Interrogo o período da globalização a partir das iniquidades que tem promovido em todo o mundo, com especial atenção para a periferia do sistema, e o seu ocaso com a chegada da pandemia do Covid19. Esse exame coloca foco nas variáveis-chave da globalização, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos, a cognoscibilidade do planeta e a existência de um motor único, o lucro. Essa força motriz é analisada ao colocar a competitividade no centro da reflexão. Os agentes da globalização são aludidos para a compreensão de suas estratégias de ação na defesa da globalização perversa. Teoricamente tomo a pandemia como um evento geográfico, porque ele é datado e geografizado. Essa geografização é referida à escala de origem, de onde parte o vetor difusor, e à escala de impacto, o lugar, onde o vetor se horizontaliza para promover situações geográficas. As desigualdades sócioespaciais estão no núcleo do debate sobre as situações geográficas, pois o evento Covid19 se horizontaliza sobre espaços herdados impactados pelo neoliberalismo, o que torna a situação única e dramática. Nesse período de transição para uma outra globalização, o Estado da globalização perversa e o Estado de Direito são politicamente confrontados.

Biografia do Autor

Márcio Cataia, Universidade Estadual de Campinas

Professor Livre Docente do Departamento de Geografia - Instituto de Geociências - Universidade Estadual de Campinas;

Peesquisador do CNPq

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Publicado

2020-05-07

Como Citar

Cataia, M. (2020). CIVILIZAÇÃO NA ENCRUZILHADA: GLOBALIZAÇÃO PERVERSA, DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS E PANDEMIA. Revista Tamoios, 16(1). https://doi.org/10.12957/tamoios.2020.50742