CULTURA, EDUCAÇÃO E GEOGRAFIA: INTERFACES ENTRE O ENSINO DE GEOGRAFIA E O USO DOS DITOS POPULARES NA SALA DE AULA

Beatriz Magalhães Santos, José Vitor Rossi Souza

Resumo


O presente artigo se propõe a discutir a intersecção entre temas relacionados à cultura, educação e Geografia, pensando os ditos populares como dispositivos didáticos a serem utilizados nas aulas de Geografia. A cultura, a qual abarca múltiplos conhecimentos, inclusive a sabedoria popular, possui inúmeras definições, constituindo-se através da relação entre homem e natureza. Ao adquirir esse repertório cultural, os seres humanos se utilizam das formas de comunicação, como a oralidade, para transmiti-lo, o que inclui os ditos populares como meio de aquisição de saberes necessários à sobrevivência e também como instrumento de resistência frente ao mundo globalizado. Nesse contexto, ao pensar as formas e as razões do fazer educativo, encontram-se diversos espaços em que a educação pode se efetivar, mas levando em consideração a centralidade da instituição escolar como responsável por esse processo, constata-se a exclusão da sabedoria popular do conjunto de conhecimentos que são transmitidos através das disciplinas que compõe o currículo escolar. Por isso defendemos o uso do saber popular em sala de aula, principalmente nas aulas de Geografia, pensando o ensino de forma plural, interdisciplinar e multilinguístico, porém sem advogar em favor da supremacia de um tipo de conhecimento em detrimento de outros.

Texto completo:

124-139


DOI: https://doi.org/10.12957/tamoios.2018.33674



ISSN: 1980-4490

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