REPRESENTAÇÕES DO ESPAÇO E FRANJAS PIONEIRAS PAULISTAS: UMA REFLEXÃO SOBRE O SILÊNCIO CARTOGRÁFICO

Autores

  • Guilherme Caruso Rodrigues IGCE/UNESP - RIO CLARO/SP

DOI:

https://doi.org/10.12957/tamoios.2016.23208

Resumo

O presente trabalho aborda o mapeamento efetuado no período da expansão das Franjas Pioneiras no Estado de São Paulo. Partimos do pressuposto de Henri Lefebvre, que traz reflexões importantes do espaço, considerando-o como produto social, guardando inúmeras multiplicidades, portanto, resultado dum processo entrelaçado: de prática espacial, sendo a produção e a reprodução das relações sociais; de representações do espaço, atreladas ao modo de produção, que amarram as relações sociais, impondo uma ordem a estas e os espaços de representação, manifestados por meio dos símbolos das imagens e das significações próprias dadas ao contexto social. Assim, procuramos trazer para discussão a ocupação das Frentes Pioneiras concebendo-as como um conjunto de práticas espaciais, movidas pela internacionalização da economia capitalista, que almejava novos espaços para acumulação, dessa maneira, resultado de um movimento de objetivação prática sócio-espacial, caracterizadas pela derrubada de matas, implantações de ferrovias, espoliação exacerbada da renda da terra, transformando-se num espaço de representação conforme Léfèbvre, já que essas áreas se subordinavam ao grande capital internacional. Dentro desse contexto, propomos como discussão a relação dessas áreas consideradas pioneiras com seu processo de mapeamento. Adentrando no fato dos mapas como uma manifestação de poder, não só político como também econômico, gerando concepção espacial.

Biografia do Autor

Guilherme Caruso Rodrigues, IGCE/UNESP - RIO CLARO/SP

Possui graduação em geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005), nas modalidades licenciatura e bacharelado. Atualmente é titular de cargo efetivo da Escola Coronel Venâncio, e professor nas Escolas Técnicas Estaduais Pedro Ferreira Alves, Euro Albino de Souza para os cursos de Ensino Médio, Meio Ambiente, Gestão e Negócios. Tem experiência na área de Geografia. É mestre em Geografia pela UNESP de Rio Claro/SP na área de concentração em Organização do Espaço, atuando principalmente nos seguintes temas: território, cultura, identidade, História do Pensamento Geográfico, modernização. Doutorando, na Universidade citada acima, cujo tema de pesquisa são franjas pioneiras e modernização brasileira.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Rodrigues, G. C. (2016). REPRESENTAÇÕES DO ESPAÇO E FRANJAS PIONEIRAS PAULISTAS: UMA REFLEXÃO SOBRE O SILÊNCIO CARTOGRÁFICO. Revista Tamoios, 12(2). https://doi.org/10.12957/tamoios.2016.23208

Edição

Seção

Artigos