Variáveis fitométricas de macaxeira (Manihot esculenta Crantz) em resposta à aplicação de calagem e gesso agrícola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2019.46126

Palavras-chave:

Mandioca, Correção do solo, Gessagem, Fitometria

Resumo

A ONU elegeu a mandioca como o alimento do século XXI. Apresenta a possibilidade de aproveitamento integral, a folha é aproveitada para alimentação animal e humana, enquanto as manivas podem ser utilizadas para propagação ou silagem. No Brasil a mandioca é cultivada com o mínimo uso de insumos ou nenhum, em sistema de derruba-e-queima, embora apresentando tolerância a acidez e escassez de recursos, o cultivo contínuo, sem reposição dos nutrientes exportados, pode ocasionar o esgotamento das reservas nutricionais e levar a degradação. O objetivo foi avaliar a fitometria das variáveis de Manihot esculenta Crantz, quando submetidas à aplicação de calcário e gesso. O experimento foi realizado em campo, em 2018, na área experimental do Departamento de Solos, pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, localizada no município de Belém, Pará. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em arranjo fatorial 2x3, com seis repetições, totalizando 36 unidades experimentais. Os fatores foram: 2 variedades de macaxeira (Caeté e Manteiguinha) e 3 correções (calcário, gesso, calcário + gesso). Os tratamentos consistiram da correção do solo com calcário (T1), gesso (T2), e a combinação de ambos (T3), os quais se implantaram as variedades Caeté (C1) e Manteiguinha (C2). As variáveis fitométricas foram: altura da planta (AP), altura da primeira ramificação (APR), matéria fresca das folhas (MFF), matéria seca das folhas (MSF), matéria fresca das estacas (MFE) e índice de colheita (IC). As aplicações isoladas e combinadas de calcário e gesso promoveram resultados significativos para as variáveis analisadas.

A ONU elegeu a mandioca como o alimento do século XXI. Apresenta a possibilidade de aproveitamento integral, a folha é aproveitada para alimentação animal e humana, enquanto as manivas podem ser utilizadas para propagação ou silagem. No Brasil a mandioca é cultivada com o mínimo uso de insumos ou nenhum, em sistema de derruba-e-queima, embora apresentando tolerância a acidez e escassez de recursos, o cultivo contínuo, sem reposição dos nutrientes exportados, pode ocasionar o esgotamento das reservas nutricionais e levar a degradação. O objetivo foi avaliar a fitometria das variáveis de Manihot esculenta Crantz, quando submetidas à aplicação de calcário e gesso. O experimento foi realizado em campo, em 2018, na área experimental do Departamento de Solos, pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, localizada no município de Belém, Pará. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em arranjo fatorial 2x3, com seis repetições, totalizando 36 unidades experimentais. Os fatores foram: 2 variedades de macaxeira (Caeté e Manteiguinha) e 3 correções (calcário, gesso, calcário + gesso). Os tratamentos consistiram da correção do solo com calcário (T1), gesso (T2), e a combinação de ambos (T3), os quais se implantaram as variedades Caeté (C1) e Manteiguinha (C2). As variáveis fitométricas foram: altura da planta (AP), altura da primeira ramificação (APR), matéria fresca das folhas (MFF), matéria seca das folhas (MSF), matéria fresca das estacas (MFE) e índice de colheita (IC). As aplicações isoladas e combinadas de calcário e gesso promoveram resultados significativos para as variáveis analisadas.

Biografia do Autor

Ilano Silva Braga do Nascimento, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2019). , atuando principalmente nos seguintes temas: feijão-guandú, fontes fosfatadas, conchas marinhas, ph do solo e jambú.

 

Jehmison de Oliveira Barradas, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Leonardo Brandão Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase na Areá de solos.

Mauro Junior Borges Pacheco, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Tem experiência na área de Agronomia. Foi bolsista de extensão do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Hodiernamente é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX) da UFRA, é integrante do Grupo de Pesquisa e Extensão em Manejo e Fertilidade do Solo (GPEMFS) da UFRA. Desenvolve estudos na área de ciência do solo, com ênfase em fertilidade, manejo e conservação do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: recuperação de áreas degradadas, análise de solos, microbilogia do solo, utilização de bioestimulantes - promotores de crescimento, Adubação de diversas culturas da Amazônia e nacionais , Sistemas, Técnicas e Práticas de Manejo e conservação do solo e Produção vegetal.

Thiago Costa Viana, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Graduando em Agranomia Bolsista de Iniciação Científica- PIBIC Particapante do Grupo de Pesquisa em Manejo e Fertilidade do solo - GPMFS 

Andreza Mayra Baena Souza de Jesus, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Tem experiência na área de ciências agrarias, com ênfase em Agronomia.

Jessivaldo Rodrigues Galvão, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1985), com mestrado em Agronomia (2005) e doutorado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2011). Engenheiro Agrônomo da Universidade Federal Rural da Amazônia. Tem experiência na área de Solos, com ênfase em Fertilidade, Manejo e conservação do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: produção de grãos, disponibilidade de minerais e nutrição de plantas.

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Publicado

16-01-2020

Como Citar

Nascimento, I. S. B. do, Barradas, J. de O., Araújo, L. B., Pacheco, M. J. B., Viana, T. C., Jesus, A. M. B. S. de, & Galvão, J. R. (2020). Variáveis fitométricas de macaxeira (Manihot esculenta Crantz) em resposta à aplicação de calagem e gesso agrícola. Revista Sustinere, 7(2), 381–393. https://doi.org/10.12957/sustinere.2019.46126