De mãos limpas com as tecnologias digitais

Autores

  • Monica Erika Pardin Steinert Universidade Federal de Mato Grosso
  • Edna Lopes Hardoim
  • Maria P. P. R. Castro Pinto Professora de Química – SEDUC/MT Mestra em Saúde e Ambiente - UFMT

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2016.25055

Palavras-chave:

Saúde, Higiene, Ensino híbrido, Conectivismo, Celulares

Resumo

As tecnologias digitais são difundidas entre os jovens, personificadas principalmente por telefones celulares e modernos smartphones, como ferramentas praticamente onipresentes no seu cotidiano. A despeito da reiterada cultura de resistência (já muito discutida, mas não superada) a esses dispositivos por parte de muitos docentes, seu uso recreativo também persiste. Diante de tal demanda, este artigo, que consiste em um relato de experiência, tem o objetivo de demonstrar a execução de uma proposta de ensino-aprendizagem baseada em Biologia e Química, que buscou perceber possibilidades e limitações ao uso de tecnologias digitais móveis – m-learning - e computadores via metodologia híbrida sustentada de ensino. Essa proposta, que ocorreu em escola pública de ensino médio em Cuiabá, MT, teve como foco temático a prevenção a doenças infectocontagiosas potencialmente transmissíveis pelo manuseio de dispositivos digitais. Um protótipo de aplicativo de celular e um blog foram utilizados no processo, para surtir como ferramentas midiáticas digitais, buscando um potencial enquadramento na teoria de aprendizagem de George Siemens, o Conectivismo. As informações nesses objetos constariam como nós em uma rede de informações, receptiva ao feedback dos discentes, enquanto participantes ativos dessa mesma rede. Na experiência, obstáculos diversos ficaram evidentes para a implementação de práticas de semelhante natureza e propósito na escola pública, particularmente, de âmbito formativo, logístico e recursivo. Algo que admoesta aos interessados nessas ações, cautela em seu planejamento e execução.  Entretanto, alternativas plausíveis também podem ser consideradas, evidenciando que o ensino-aprendizagem baseado em metodologias digitais e redes, não é impossível para este setor tão combatido e sofrido da educação básica, uma vez que é preconizado por organismos internacionais como a UNESCO.

Biografia do Autor

Monica Erika Pardin Steinert, Universidade Federal de Mato Grosso

Licenciada em Ciências Biológicas - UNEMAT

Bacharel em Enfermagem - UNEMAT

Professora de Biologia - SEDUC MT

Mestranda em Ensino de Ciências Naturais - UFMT

Edna Lopes Hardoim

Doutora em Ecologia - UFsCAR

Docente na UFMT- Instituto de Biologia

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Publicado

25-01-2017

Como Citar

Steinert, M. E. P., Hardoim, E. L., & Pinto, M. P. P. R. C. (2017). De mãos limpas com as tecnologias digitais. Revista Sustinere, 4(2), 233–252. https://doi.org/10.12957/sustinere.2016.25055