De mãos limpas com as tecnologias digitais
Resumo
As tecnologias digitais são difundidas entre os jovens, personificadas principalmente por telefones celulares e modernos smartphones, como ferramentas praticamente onipresentes no seu cotidiano. A despeito da reiterada cultura de resistência (já muito discutida, mas não superada) a esses dispositivos por parte de muitos docentes, seu uso recreativo também persiste. Diante de tal demanda, este artigo, que consiste em um relato de experiência, tem o objetivo de demonstrar a execução de uma proposta de ensino-aprendizagem baseada em Biologia e Química, que buscou perceber possibilidades e limitações ao uso de tecnologias digitais móveis – m-learning - e computadores via metodologia híbrida sustentada de ensino. Essa proposta, que ocorreu em escola pública de ensino médio em Cuiabá, MT, teve como foco temático a prevenção a doenças infectocontagiosas potencialmente transmissíveis pelo manuseio de dispositivos digitais. Um protótipo de aplicativo de celular e um blog foram utilizados no processo, para surtir como ferramentas midiáticas digitais, buscando um potencial enquadramento na teoria de aprendizagem de George Siemens, o Conectivismo. As informações nesses objetos constariam como nós em uma rede de informações, receptiva ao feedback dos discentes, enquanto participantes ativos dessa mesma rede. Na experiência, obstáculos diversos ficaram evidentes para a implementação de práticas de semelhante natureza e propósito na escola pública, particularmente, de âmbito formativo, logístico e recursivo. Algo que admoesta aos interessados nessas ações, cautela em seu planejamento e execução. Entretanto, alternativas plausíveis também podem ser consideradas, evidenciando que o ensino-aprendizagem baseado em metodologias digitais e redes, não é impossível para este setor tão combatido e sofrido da educação básica, uma vez que é preconizado por organismos internacionais como a UNESCO.
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DOI: https://doi.org/10.12957/sustinere.2016.25055
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