Desmemórias coloniais: o passado ficou para trás ou é apenas um alheamento conveniente? Uma análise do conto “Crônica da Escravatura Ou... os nossos avós estavam lá. De um lado e do outro”, de Dina Salústio.

Autores

  • Katria Gabrieli Fagundes Galassi UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2021.59505

Palavras-chave:

Colonialismo, literatura cabo-verdiana, memórias

Resumo

Neste artigo pretende-se compreender como as memórias deixadas pelo colonialismo agem nas personagens do conto “Crônica da escravatura Ou... os nossos avós estavam lá. De um lado ou de outro”, de Dina Salústio num diálogo pensado em consonância com o texto de Patricia Lino em formato de Literatura-Kit em “O Kit de Sobrevivência do Descobridor Português no Mundo Anticolonial”. Para construir o diálogo, Susan Sontag, Achille Mbembe, Maurice Halbwachs, Paul Ricouer e Toni Morrison emprestam parte de suas teorias para a tentativa de compreensão de que forma o mundo anticolonial realmente se sobrepõe ao colonialismo, na prática. A ironia da autora portuguesa aos insistentes resquícios de colonialidade que ela observa em parte dos portugueses entra em consonância com a denúncia da situação ainda atual em que a população ex-colonizada cabo-verdiana vive e da qual Dina Salústio trata nesse seu texto. Uma pequena inserção de Gonçalo M. Tavares com seus verbetes, ajudará pensar como eram – e ainda são? – vistos os povos colonizados.

Biografia do Autor

Katria Gabrieli Fagundes Galassi, UFRJ

Mestre em Estudos Comparados pela UFMS. Doutoranda em Letras Vernáculas pela URFJ.

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Publicado

2021-12-31

Edição

Seção

Dossiê Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo Verde