O salto do canelinha do imaginário para a literatura cabo-verdiana: da perseguição à argumentação

Autores

  • Avani Souza Silva Grupo de Pesquisa de Produtos Literários e Culturais para Crianças e Jovens (CNPq/USP)

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2021.58772

Palavras-chave:

imaginário crioulo, Literatura infantil e juvenil cabo-verdiana, Canelinha, cultura cabo-verdiana, literatura cabo-verdiana.

Resumo

O objetivo deste artigo é  apresentar um panorama da Literatura Infantil e Juvenil cabo-verdiana, pelo viés da História e da Cultura, enfatizando o imaginário crioulo, e a presença de seus seres maravilhosos na oralidade e na literatura produzida para adultos e crianças. O conto de que falaremos, embora escrito para adultos, tem um grande potencial dinamizador da Literatura Infantil e Juvenil, podendo interessar vivamente aos jovens, como muitos textos literários o fazem, não apenas nos países africanos de língua portuguesa. Nesse sentido, escolhemos o conto “O sabor dos vivos”, de G. T. Didial, pseudônimo do poeta e escritor cabo-verdiano João Vário, em que se evidenciam as relações entre o narrador e a personagem central, o Canelinha, um dos mais divertidos e também horripilantes seres maravilhosos que inquietam o imaginário crioulo. Apoiaremos nossas análises nos conceitos de identidade formulados por Stuart Hall, destacando como o imaginário se constrói como cultura (Maffesoli) e como fortalece a identidade cultural quando veiculado tanto pela oralidade quanto pela Literatura.

Biografia do Autor

Avani Souza Silva, Grupo de Pesquisa de Produtos Literários e Culturais para Crianças e Jovens (CNPq/USP)

Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo; licenciada em Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa, mestre e doutora em Letras pelo Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na mesma instituição.

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Publicado

2021-12-31

Edição

Seção

Dossiê Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo Verde