A influência da metáfora e do chunking na convencionalização de construções com o verbo ‘cortar’

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2021.55622

Palavras-chave:

verbo cortar, gramática de construções, expressões idiomáticas,

Resumo

Embasados na concepção de que a linguagem é fundamentada em processos cognitivos, socio-interacionais e culturais, analisamos, numa abordagem construcional, um grupo de sequências de palavras com o verbo cortar seguido de complemento que parecem formar uma única unidade, um chunk independente para fins de processamento e análise, muitas das quais denominadas expressões idiomáticas em abordagens lexicais. Vinculamo-nos ao quadro teórico-metodológico da Linguística Centrada no Uso, tendo como respaldo, entre outros, os estudos funcionalistas e cognitivistas de Lakoff e Johnson (2002), Goldberg (1995, 2006), Traugott e Trousdale (2013), Bybee (2016) e Langacker (1987). Valemo-nos de um corpus com dados de uso efetivo da língua constituído por textos coletados no jornal A Gazeta, que circula no estado do Espírito Santo, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2017. Identificamos a frequência de 50 tokens e de 09 types, que nos permitem refletir sobre a influência do chunking e das projeções metafóricas na convencionalização dessas construções.  Observamos que as construções identificadas no corpus não apresentam o mesmo grau de composicionalidade, o que nos levou a propor um continuum e a estipular critérios de análise que nos auxiliassem no processo de distribuição dessas construções no continuum.

Biografia do Autor

Aparecida da Penha Krohling Christ, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Estado do Espírito Santo.

Lúcia Helena Peyroton da Rocha, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela UNESP de Araraquara, na área de Sintaxe e Semântica. Atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Ufes.

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Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

Dossiê: Funcionalismo e Cognitivismo: o viés cognitivista da gramática funcional