Entre agulhas e linhas: a metáfora de corte-e-costura em construções transitivas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2021.55475

Palavras-chave:

comunicação verbal, metáfora de corte-e-costura, construção transitiva, extensão metafórica

Resumo

Este artigo investiga a Metáfora de Corte-e-Costura no Português Brasileiro, que constitui, tal como a Metáfora do Conduto (REDDY, 1979), um dos mapeamentos metafóricos disponíveis para a referência à comunicação verbal. A partir de dados de uso retirados do Twitter, argumenta-se que a metáfora COMUNICAÇÃO VERBAL É ATIVIDADE DE CORTE-E-COSTURA é normalmente aplicada à construção transitiva, engendrando duas extensões metafóricas: a extensão transitiva prototípica, instanciada pelos verbos alfinetar e tesourar, e a extensão transitiva resultativa, instanciada pelos verbos alinhavar, costurar, tecer, tricotar.  Com o objetivo de investigar a produtividade da metáfora de corte-e-costura, a análise enfoca a frequência de sentidos literais e metafóricos para cada grupo de construções. Os resultados indicam que as extensões metafóricas prototípicas instanciadas por alfinetar e tesourar são mais frequentes que suas contrapartes literais.  Já as extensões metafóricas resultativas dividem-se em dois grupos: aquelas instanciadas por costurar e tricotar predominam em usos literais, já aquelas instanciadas por alinhavar e tecer ocorrem predominantemente em usos metafóricos.

Biografia do Autor

Lilian Ferrari, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTIA E FILOLOGIA - LINGUÍSTICA COGNITIVA

Caroline Soares, UFRJ

DOUTORADO EM LINGUÍSTICA (UFRJ). MEMBRO DO LABORATÓRIO DE LINGUÍSTICA COGNITIVA- LINC/UFRJ.

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Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

Dossiê: Funcionalismo e Cognitivismo: o viés cognitivista da gramática funcional