VISÕES DO RIO DE JANEIRO NAS CRÔNICAS DE JOAQUIM MANOEL DE MACEDO E JOÃO DO RIO E SUAS PROJEÇÕES NO ENSINO DE LITERATURA

Autores

  • Maria Cristina Ribas UERJ
  • Carolina Santiago UERJ
  • Rafaela Ramos UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2011.5308

Resumo

O século XIX não foi de grande importância apenas para aconsolidação do jornalismo, como também para a formação da literaturabrasileira. Entre as duas áreas há uma distância tênue, principalmenteno Rio oitocentista, em que literatura e jornalismo dialogavame se constituíam de maneira híbrida, especialmente por conta dosuporte – jornal – que veiculava a produção literária do período. Nestesentido, o jornal foi o importante, para não dizer o primeiro, veículode cultura de massa no Brasil.O fenômeno ocorreu de maneira concomitante à construçãode uma nação, ainda que 85% da população brasileira, no 2º reinado,fossem analfabetos. Porém, apesar de as duas estarem em constanteformação, a literatura brasileira representou grande contribuição àmais ampla circulação do jornal, não só em relação ao espaço queesse proporcionou ao crescimento e desenvolvimento literário, mastambém por disseminar ideias e debates que favoreceram a formaçãode uma opinião pública, os leitores. Relevamos, aqui, uma contribuiçãodecisiva do jornal para a literatura brasileira: a formação do leitor.Segundo Michelle Strzoda, “o estabelecimento da imprensa noBrasil foi determinante para pensar a nação e para auxiliar na construçãodefinitiva de uma literatura genuinamente brasileira: pensada,escrita, e desenvolvida por brasileiros, no Brasil”. (STROZDA,2010, p.22) Embora discordemos do atributo “genuína” da autora, –porque implica em um purismo de conceito que não endossamos –,entendemos o seu esforço em marcar a importância do gênero jornalísticopara a formação da literatura e do leitor no Brasil.

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Publicado

2011-07-20

Edição

Seção

Artigos Originais