Sujeitos femininos desenraizados ou as novas experiências do não pertencimento

Autores

  • Ana Cristina dos Santos UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2019.43831

Palavras-chave:

Deslocamento, Escrita de autoria feminina, Exílio, Subjetividade nômade

Resumo

Este trabalho discute as novas relações com o espaço que resultam das experiências dos deslocamentos e suas consequências para as personagens femininas que configuram a chamada segunda geração do exílio – filhos de pais exilados das ditaduras latino-americanas.  Tem também como objetivo verificar de que maneira a perda dos referentes espaciais modificam esses sujeitos femininos desenraizados. Para tanto, analisam-se as personagens femininas principais dos romances Apenas diez (2006), da escritora uruguaia Marisa Silva Schultze e Pasajeros en tránsito (2013), da escritora chilena Rossana Dresdner.  Verifica-se que os romances problematizam o contínuo “estar em trânsito” das personagens e suas ambiguidades culturais que permitem, com base nas experiências do deslocamento, a construção de uma subjetividade nômade produtora de sujeitos híbridos e traduzidos. Para a análise proposta, utilizam-se os textos de Norandi (2015) e Espina Bocic; Sanhueza Comte (2014) sobre a segunda geração do exílio; de Brah (2011) e García Canclini (2009)  para as noções de espaço e deslocamento; de Said (2003) para as questões de exílio; Benedetti (1983) para o conceito de desexílio e Hall (2005) e Braidotti (2002) para as questões das identidades na contemporaneidade.

Biografia do Autor

Ana Cristina dos Santos, UERJ

Professora Associada de Literaturas Hispânicas (UERJ)

Professora do Programa de Pós-graduação em Letras (UERJ)

Membro do GT Vertentes do Insólito Ficcional (ANPOLL)

 

Downloads

Publicado

2019-10-05

Edição

Seção

Dossiê: Poéticas em trânsito: espaços, deslocamentos e temporalidades múltiplas