Uma análise construcionista da variação entre construções com verbo-suporte DAR no PB

Autores

  • Pâmela Fagundes Travassos Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Márcia dos Santos Machado Vieira UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2019.38522

Palavras-chave:

Construções com verbo-suporte, Linguística Funcional-Cognitiva, Variação, Gramática de Construções Baseada no Uso, Pesquisa Experimental.

Resumo

O presente artigo tem como tema a variação entre construções com verbo-suporte DAR que se relacionam a elementos não-verbais do tipo “uma X-[a/i]da”, “uma X-[a/i]dinha”, “uma X-(z)inh[o/a]” e “uma X-adela”, como: dar uma caminhada, dar uma fugidinha e dar um pulinho. Tendo em vista o princípio de não-sinonímia de GOLDBERG (1995), intenciona-se verificar se os resultados da pesquisa experimental empreendida vão mostrar se os informantes encontram diferenças funcionais entre os predicadores complexos. Construções com verbo-suporte tendem a marcar curta duração temporal, mas pode estar em jogo o uso de estratégia de polidez, como um recurso de preservação de face. Tendo em vista orientações da Linguística Funcional-Cognitiva e da abordagem da Gramática de Construções Baseada no Uso, objetiva-se investigar se há indícios de variação, bem como verificar as diferentes leituras do evento por parte dos usuários do PB, levando em consideração tanto o cotexto quanto o contexto semântico, discursivo e pragmático em que essas construções estejam inseridas. Resultados revelam indícios de que tais construções, ao se atualizarem no discurso, põem em jogo diversos valores, como a curta duração temporal e a polidez. Além disso, alguns constructos revelam indícios de variação (por convivência ou competição). Trata-se, portanto, de uma análise construcionista da variação.

Biografia do Autor

Pâmela Fagundes Travassos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestranda, na condição de bolsista (FAPERJ- Bolsa Nota 10), do curso de Língua Portuguesa do Programa de Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (previsão de término em 2018.2). Foi bolsista CNPq no primeiro ano de Mestrado. Possui licenciatura em Letras (UFRJ), habilitação: Português-Literaturas. Foi bolsista CNPq em todo o período de IC. No âmbito acadêmico, concentra-se em estudos de Morfossintaxe à luz das perspectivas Sociofuncionalista, Funcional-Cognitiva e da abordagem da Gramática de Construções, seguindo a Linha de Pesquisa: Língua e Sociedade: variação e mudança. Integra o projeto PREDICAR (Formação e expressão de predicados complexos: estabilidade, variação e mudança construcional), coordenado pela Prof.ª Dr.ª Marcia dos Santos Machado Vieira. Estuda construções com verbo-suporte DAR, enquanto operadores de elementos não-verbais do tipo X-(a/i)da, X-adela, X-(a/i)dinha ou X-(z)inho(a).

Márcia dos Santos Machado Vieira, UFRJ

Professora Doutora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  Docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas e do Departamento de Letras Vernáculas da Faculdade de Letras da UFRJ. Coordenadora do Projeto PREDICAR, membro do Grupo de Pesquisa Discurso & Gramática da sede UFRJ, coordenadora do GT de Sociolinguística da ANPOLL, membro do Comitê de Ética em Pesquisa do IESC/UFRJ e de NDE de cursos de Graduação da Faculdade de Letras.

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Publicado

2019-01-30

Edição

Seção

Dossiê: Novos encaminhamentos teórico-metodológicos da Linguística Funcional Centrada no Uso