A noção de norma, a variação linguística e a formação de professores: entre a sociolinguística e uma “linguística da tolerância”

Autores

  • Adriano de Souza Universidade Federal do Pampa
  • Taíse Simioni Universidade Federal do Pampa
  • Taís Bopp da Silva Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2018.32150

Palavras-chave:

Norma. Variação linguística. Formação de professores.

Resumo

O presente estudo discute o estatuto da noção de norma dentro dos estudos linguísticos e apresenta seu papel na formulação do conceito de sistema heterogêneo, conceito este de fundamental importância para a compreensão dos fenômenos variáveis. Em um segundo momento da pesquisa, realizou-se um estudo empírico com oito estudantes de Letras de uma universidade federal do extremo sul do Brasil, com o intuito de verificar a compreensão destes estudantes acerca da variação linguística. Os resultados indicaram que os alunos são hábeis em detectar casos de variação, porém há indícios de que não chegam a uma compreensão real do que seja o fenômeno variável, uma vez que associam variação apenas a variantes que fogem ao padrão. Tal visão, que escamoteia o papel de competição entre variantes dentro de um sistema, indica que os estudantes não chegam a uma real compreensão do que é um sistema heterogêneo e de suas consequências para a língua. Neste contexto, a discussão sobre o conceito de norma pode ser uma ferramenta útil na formação inicial de futuros professores de línguas.

Biografia do Autor

Adriano de Souza, Universidade Federal do Pampa

Possui graduação em Letras Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa Maria (2009) e Mestrado em Letras - Estudos Literários, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM (2012). Foi por três anos (2012-2015) do quadro de Servidores Técnico-Administrativos em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, desempenhando a função de Secretário Executivo do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen e, posteriormente, da Pró-Reitoria de Extensão da UFSM, trabalhando junto à Coordenadoria de Eventos e Difusão Cultural da Pró-Reitoria de Extensão e desenvolvendo ações junto à área de extensão universitária, especialmente projetos e programas institucionais de extensão no âmbito da cultura e educação. Em 2015 passou a integrar a Carreira do Magistério Superior da Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé-RS, como docente do Curso de Licenciatura em Letras - Português e Respectivas Literaturas de Língua Portuguesa.

Taíse Simioni, Universidade Federal do Pampa

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002), mestrado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e doutorado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011). Atualmente é Professora Adjunta na Universidade Federal do Pampa. Tem experiência na área de Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: fonologia, variação linguística e ensino da língua portuguesa.

Taís Bopp da Silva, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Letras (Português e Literaturas de Língua Portuguesa) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002), mestrado em Letras (Teoria e Análise Linguística) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e doutorado em Estudos da Linguagem na mesma universidade (2010). Realizou Estágio de Doutorado Sanduíche, com bolsa CNPq, na Universidade Livre de Amsterdam. Atua nas seguintes áreas: Teoria e Análise Linguística, Interface Morfologia e Fonologia e Sociolinguística.

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Publicado

2018-06-17

Edição

Seção

Dossiê: Formação de Professores de línguas: práticas, teorias, diálogos