Léon Bloy contra seu tempo
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2017.30249Palavras-chave:
Bloy, século XIX, cristianismoResumo
Polêmico escritor francês do final do século XIX e crítico ferrenho de sua época, Léon Bloy é conhecido por sua pena feroz. O presente artigo traça um panorama da vida e obra deste autor, ainda insuficientemente considerado. Três aspectos fundamentais de sua obra foram escolhidos, incarnados em sua fé católica única: a Dor, o Dinheiro e a Arte. Sua obra é marcada por contradições como o dinheiro, que desempenha um papel redentor e maldito. Além da Bíblia, os escritos místicos e hagiográficos da Idade Média são fontes nas quais Bloy se inspiraou. A escatologia, a ideia de reversibilidade do males e o papel redentor da mulher fundamentam seus textos, explicados aqui por meio de exemplos. Sua perspectiva historiográfica baseia-se no "simbolismo universal" e no legado de autores como Barbey d'Aurevilly, Joseph de Maistre, Blanc-de-Saint-Bonnet e Thomas Carlyle. A literatura bloyana contraria as diretrizes artísticas de seu século, execra a cupidez burguesa, retratada como ridícula e satânica. Escrever não se apresenta como fim, mas como simples meio de se atingir o divino.
DOI: 10.12957/soletras.2017.30249
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