Ocorrência de Atrazina em águas no Brasil e remoção no tratamento da água: revisão sistemática

Autores

  • Agata Cristina Lima Dias Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Juliana Mattos Bohrer Santos Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Ana Silvia Pereira Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0001-7823-9837
  • Sue Ellen Costa Bottrel Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Renata de Oliveira Pereira Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.12957/ric.2018.34202

Palavras-chave:

Agrotóxico, Tratamento Convencional, Subprodutos

Resumo

A atrazina é um dos agrotóxicos mais utilizados no Brasil e possui grande tendência a contaminar águas superficiais e subterrâneas. Logo, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão bibliográfica para verificar a ocorrência da atrazina em águas superficiais, subterrâneas e tratadas no Brasil e sua remoção durante o tratamento de água para consumo humano. Para tanto, buscaram-se na literatura trabalhos científicos publicados entre os anos de 2000 e 2017 que trataram sobre a presença do composto nas matrizes supracitadas. Para a análise da remoção da atrazina em água buscaram-se trabalhos que empregaram processos como tratamento convencional, ozonização, fotólise, adsorção, nanofiltração, entre outros. Utilizaram-se como plataformas de pesquisa o Periódicos Capes, Google Acadêmico e Science Direct. Analisaram-se 36 trabalhos referentes a presença do composto em águas no Brasil e 43 sobre sua remoção da água. Observou-se nos trabalhos revisados, frequências de detecção da atrazina da ordem de 8% para águas superficiais e 12% para subterrâneas, além de sua ocorrência em valores superiores ao VMP em ambas as matrizes. Em águas tratadas a presença, bem como concentração da atrazina foi reportada em dois estudos, porém em concentrações inferiores à máxima permitida. O tratamento de ciclo completo é ineficaz para a remoção da atrazina. Sendo assim, é necessária a associação de outros processos ao tratamento convencional, dentre os quais citam-se: a adsorção em carvão ativado, ozonização, nanofiltração, osmose inversa e processos oxidativos avançados. Porém, é importante se atentar á conversão dos contaminantes a subprodutos que, assim como seus precursores, podem apresentar toxicidade.

Biografia do Autor

Agata Cristina Lima Dias, Universidade Federal de Juiz de Fora

Engenheira Ambiental e Sanitarista pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF.

Juliana Mattos Bohrer Santos, Universidade Federal de Juiz de Fora

Engenheira Ambiental e Sanitarista pela UFJF. Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Ana Silvia Pereira Santos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente (DESMA)

Área: Tratamento de Esgotos e Controle de poluição

Sue Ellen Costa Bottrel, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Adjunta da UFJF. Doutora em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela UFMG

Renata de Oliveira Pereira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Adjunta da UFJF. Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo - USP

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Publicado

2019-01-02

Como Citar

Dias, A. C. L., Santos, J. M. B., Santos, A. S. P., Bottrel, S. E. C., & Pereira, R. de O. (2019). Ocorrência de Atrazina em águas no Brasil e remoção no tratamento da água: revisão sistemática. Revista Internacional De Ciências, 8(2), 234–253. https://doi.org/10.12957/ric.2018.34202