Educação infantil e afeto: tecendo os fios, desatando nós, construindo ideias, desemparedando a vida e as infâncias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2022.65313

Palavras-chave:

Infâncias, Educação Infantil contra hegemônica, Desemparedamento, Quintais

Resumo

Este artigo é resultado dos estudos desenvolvidos no contexto do Grupo de Pesquisa “Infâncias Tradições Ancestrais e Cultura Ambiental” (Gitaka). Interessadas no debate em torno da educação infantil e dos afetos, este estudo tece primeiramente um diálogo entre filosofia subversiva de Baruch Spinoza e autoras/es que apontam para uma perspectiva pedagógica decolonial, antirracista, anticapitalista, brincante, indígena, quilombola e, por que não, antropofágica. Essas pedagogias ao longo do texto trazem em seu bojo a alegria e o desemparedamento das infâncias (Tiriba, 2018). A partir destas reflexões, apresentaremos também experiências quintaleiras de crianças e educadoras compartilhadas nos encontros “ConversatóriosFinaflor”.

Biografia do Autor

Joice Carvalho Coutinho, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UNIRIO

Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UNIRIO.
Integrante do Grupo de Pesquisa "Infâncias, Tradições Ancestrais e Cultura Ambiental" (Gitaka)- Unirio, Coordenado pela Professora Dra. Lea Tiriba. Pedagoga formada pela Universidade Federal Fluminense- UFF. Orientadora Pedagógica na Rede Municipal de Ensino de Araruama.

Priscila de Melo Basilio, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre em Educação pela Unirio (2012). Especialização em Educação Infantil pela PUC-Rio. Graduação na Uerj. Professora Ebtt da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: curriculo, formação de professores/as, politicas públicas. Coordenadora do projeto de pesquisa e extensão Curriculo em Movimento na Educação Infantil (CEIMOV-UFRJ). Integrante do Fórum de Educação Infantil do Estado do Rio. Integrante do Grupo de Pesquisa “Infâncias, Tradições Ancestrais e Cultura Ambiental” (GITAKA).

Maria Marta de Andrade Cerqueira, Escola Contemporânea da Travessa. Gitaka- Unirio

Atua como coordenadora pedagógica de uma escola particular do Rio de Janeiro, diretora executiva de Educação e Cultura do SINPRO-Rio (Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro e Região). É cofundadora do Movimento Articulação Infâncias e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa “Infâncias, Tradições Ancestrais e Cultura Ambiental” (GITAKA UNIRIO). É membro do apoio pedagógico no curso de extensão Infâncias Brasileiras - corpo, arte, natureza, decolonialidade (NINA-UNIRIO). Licenciada em Pedagogia pela Universidade Celso Lisboa-RJ e com pós Graduação de Psicopedagogia pela PUC Rio. Formação em Transpsicomotricidade Educacional (IFJT/UERJ). Professora de Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental, há mais de 30 anos.

Diná Teresa Ramos de Oliveira, Coletivo Parque de Bambu. Gitaka- Unirio

Possui graduação em Educação Física, é Bacharel em Treinamento em Esportes pela Universidade Estadual de Campinas (1998) e Licenciada pela Universidade Cruzeiro do Sul (2003). É Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Suas principais experiências profissionais são em Educação Física e Lazer, com destaque para os seguintes temas: pedagogia do esporte, formação de professores de educação física, brinquedos artesanais e brincadeiras populares, animação cultural e gestão de políticas públicas de lazer.  Participante do Coletivo Parque de Bambu que pesquisa e cria instalações lúdicas com materiais naturais de forma artesanal a partir de processos de observação das crianças brincando em ambientes naturais e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa “Infâncias, Tradições Ancestrais e Cultura Ambiental” (GITAKA UNIRIO).

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Publicado

11-02-2022

Como Citar

COUTINHO, Joice Carvalho; BASILIO, Priscila de Melo; CERQUEIRA, Maria Marta de Andrade; OLIVEIRA, Diná Teresa Ramos de. Educação infantil e afeto: tecendo os fios, desatando nós, construindo ideias, desemparedando a vida e as infâncias. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 134–147, 2022. DOI: 10.12957/riae.2022.65313. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/65313. Acesso em: 29 mar. 2024.