A justificativa da Pedagogia do oprimido 50 anos depois: elementos para uma necessária reflexão ontológica

Autores

  • Diego Chabalgoity Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2018.38025

Palavras-chave:

ontologia do oprimido, descolonialidade, marxismo

Resumo

Este artigo tem como objetivo trazer contribuições para uma reflexão ontológica necessária aos educadores populares de nosso tempo. Será analisado o primeiro capítulo da Pedagogia do oprimido, intitulado “Justificativa da Pedagogia do oprimido”. Utilizando matrizes marxistas e decoloniais, são abordados os seguintes pontos: o contexto em que se insere a Pedagogia do oprimido, determinante para seu caráter decolonial e marxista; o conceito de “duração” da dialeticidade permanência-mudança, fundamentação necessária à discussão ontológica proposta; e à guisa de conclusão, uma breve reflexão sobre a atualidade da justificativa da Pedagogia do oprimido, que se mostra como obra indispensável à formação da identidade do educador popular.

Biografia do Autor

Diego Chabalgoity, Universidade Federal Fluminense

Diego Chabalgoity é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense - UFF no Departamento de Ciências Humanas do INFES - UFF, em Santo Antônio de Pádua / RJ. É coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Paulo Freire e Educação Popular (GEPEP - UFF); e pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia, Política e Educação (NuFiPE - UFF). Endereço eletrônico: diegoc@id.uff.br

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Publicado

30-10-2018

Como Citar

CHABALGOITY, Diego. A justificativa da Pedagogia do oprimido 50 anos depois: elementos para uma necessária reflexão ontológica. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 228, 2018. DOI: 10.12957/riae.2018.38025. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/38025. Acesso em: 23 abr. 2024.