A INCORPORAÇÃO DO ESTATUTO DE ROMA NO DIREITO BRASILEIRO E O APARENTE CONFLITO COM AS NORMAS CONSTITUCIONAIS: DA PRISÃO PERPÉTUA E ENTREGA DE NACIONAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rfd.2021.59069

Palavras-chave:

Tribunal Penal Internacional, Estatuto de Roma, Brasil, Prisão Perpétua, Entrega de nacionais.

Resumo

O presente trabalho tem por problema de pesquisa investigar o conflito de normas entre a previsão de prisão perpétua (art. 77) e da entrega de pessoas (art. 89) no Estatuto de Roma e a vedação à prisão perpétua (art. 5°, XLVII, ‘b’) e extradição (art. 5°, LI) previstas na Constituição Federal. Para tanto, objetiva analisar o histórico do Tribunal Penal Internacional, seus princípios, características e competências, bem como o papel do Brasil na sua instituição e o processo de incorporação do Estatuto de Roma no direito brasileiro e com qual natureza jurídica foi incorporado, a fim de averiguar as possíveis incompatibilidades do Estatuto com o direito interno acerca da previsão de prisão perpétua e entrega de nacionais. Assim, através do método indutivo e pesquisa de natureza qualitativa, realizada por intermédio de uma abordagem bibliográfica e documental, visa delinear se o conflito é real ou aparente, e qual a solução para controvérsia. A hipótese suscitada é a de que o Estatuto é compatível com o direito brasileiro, pois as disposições da Constituição Federal voltam-se para o direito interno, enquanto as do Estatuto aplicam-se ao direito internacional.

Biografia do Autor

Mônica Teresa Costa Sousa, Universidade Federal do Maranhão

Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora do Mestrado em Direito e Instituições do Sistema e Justiça e do Mestrado em Cultura e Sociedade, ambos na UFMA.

Izabela de Oliveira Trajano, Universidade Federal do Maranhão

Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Maranhão.  Pesquisadora do NEDID/ UFMA- Núcleo de Estudos em Direito Internacional e Desenvolvimento.

Elder Maia Goltzman, Universidade Federal do Maranhão

Mestrando em Direito e Instituições do Sistema de Justiça na UFMA. Pós-graduado em Direito Administrativo. Servidor da Justiça Eleitoral.

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Publicado

2022-01-10

Como Citar

Sousa, M. T. C., Trajano, I. de O., & Goltzman, E. M. (2022). A INCORPORAÇÃO DO ESTATUTO DE ROMA NO DIREITO BRASILEIRO E O APARENTE CONFLITO COM AS NORMAS CONSTITUCIONAIS: DA PRISÃO PERPÉTUA E ENTREGA DE NACIONAIS. Revista Da Faculdade De Direito Da UERJ - RFD, (40), 101–126. https://doi.org/10.12957/rfd.2021.59069