O despertar da mulher negra: processos de lutas e existências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2022.67491

Palavras-chave:

mulher, negritude, racismo, subjetividade.

Resumo

Este artigo apresenta análises e reflexões sobre o despertar para a negritude em mulheres negras. O termo negritude indica os processos de subjetivação a partir dos quais negras e negros se afirmam como sujeitos racializados, herdeiros de uma história marcada por violência e exploração enfrentadas desde o período colonial. Com inspiração em análises e reflexões de mulheres negras como Djamila Ribeiro, Grada Kilomba e Maria Aparecida da Silva Bento, analisamos relatos extraídos de três palestras publicadas no YouTube, sendo duas protagonizadas por Nátaly Neri e uma por Stephanie Ribeiro - mulheres reconhecidas publicamente como ativistas que despertaram para a negritude feminina. As narrativas e os relatos expressos nos vídeos foram submetidos a processos de Análise de Conteúdo. Os resultados apontam para lutas associadas aos modos de subjetividade carreados pelo racismo operado nas dimensões estrutural, institucional e individual. Em meio às mais diversas pressões para o assujeitamento, mulheres negras se afirmam e resistem através da partilha e do fortalecimento de laços e vínculos. A resistência envolve posicionamentos situados nos domínios da ética, da política e da estética. Por fim, enfatiza-se a relevância de pesquisas capazes de fazer ecoar vozes, gestos e acenos da negritude feminina.  

Biografia do Autor

Gleicy Borges Carneiro, Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Graduanda do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Tocantins - UFT (2017 - 2022).  

Ladislau Ribeiro do Nascimento, Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Professor Adjunto no Curso de Psicologia e no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciências e Saúde da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Psicólogo graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

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Publicado

15-08-2022

Como Citar

Carneiro, G. B., & Nascimento, L. R. do. (2022). O despertar da mulher negra: processos de lutas e existências. Revista Teias, 23(70), 12–26. https://doi.org/10.12957/teias.2022.67491

Edição

Seção

História de mulheres e educação: transgressões, resistências e empoderamentos