Mulheres da e na EJA: tecendo reflexões a partir das contribuições de Paulo Freire

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2021.62022

Palavras-chave:

Educação de Jovens e Adultos, Mulheres, Paulo Freire.

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as trajetórias de mulheres da e na EJA, à luz das contribuições de Paulo Freire para o campo da educação. Para a realização da pesquisa que sustenta este texto foi aplicado questionário com dados sociodemográficos, realizadas entrevistas narrativas e utilizado o diário de campo. As informações produzidas foram analisadas à luz da análise narrativa. Os resultados indicam que as necessidades laborais impulsionam a escolarização na idade adulta. Embora as estudantes relatem dificuldades de aprendizagem, a inserção na modalidade possibilita adquirir conhecimentos para manejar trocas financeiras e transitar pela cidade. A convivência no espaço escolar propicia o estabelecimento da rede de apoio social, mas também ocasiona conflitos intergeracionais. A decisão de vinculação à escola representa um ato subversivo e de resistência, conferindo o sentimento de ter vencido na vida. Contudo, ainda persistem alguns entraves para que a educação seja libertadora na vida dessas pessoas e da sociedade.

 

Biografia do Autor

Maria Cláudia Mota dos Santos Barreto, Doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Psicóloga (CRP-03/12904) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Mestra e Doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Impactos da Violência na Escola pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Título Profissional de Especialista em Psicologia Social pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Aperfeiçoamento em Atenção à Saúde no Sistema Prisional pela FIOCRUZ. Membra da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO). Atuou como Assessora Técnica em Comissões do Conselho Regional de Psicologia da 3ª Região-BA (2020-2021). Lecionou o componente curricular Psicologia e Sociedade III - Psicologia Social Comunitária na Faculdade Adventista da Bahia (FADBA - 2021). Atuou como Técnica de Referência do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) na cidade de Amargosa-BA (2015-2019). Foi conselheira titular do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Amargosa (CMDMA - 2017-2019) e conselheira suplente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA - 2017-2018). Atuou como extensionista no Serviço de Psicologia da UFRB, no Projeto Atendimento Psicanalítico em Clínica Escola (2015-2016). Atualmente realiza pesquisa vinculada ao grupo de Política e Gestão da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFBA. Apresenta experiência profissional nas áreas da Educação, Saúde e Assistência Social.

Gilvanice Barbosa da Silva Musial, Professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (1990), mestrado em Tecnologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (2002) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011) com realização de Estágio de Doutorado - Sanduíche - na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), Paris, França. Foi professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (1997-2015). Atuou como professora permanente no Mestrado FaE/UEMG, Linha de Pesquisa 2: Trabalho, História da Educação e Políticas Educacionais. Atualmente é professora adjunta da Faculdade de Educação, Departamento de Educação I, da Universidade Federal da Bahia e integra o PPGE/UFBA da linha de Política e Gestão da Educação e o MPED/UFBA. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação de Jovens e Adultos, atuando principalmente nos seguintes temas: educação de jovens e adultos, educação do campo, história da escola rural e políticas educacionais.

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Publicado

19-11-2021

Como Citar

Barreto, M. C. M. dos S., & Musial, G. B. da S. (2021). Mulheres da e na EJA: tecendo reflexões a partir das contribuições de Paulo Freire. Revista Teias, 22(67), 330–342. https://doi.org/10.12957/teias.2021.62022

Edição

Seção

Celebrar Paulo Freire: reencantar o mundo e as utopias