Dignidade e cidadania tecida nos "nós compartilhado": aprendizagens com mulheres pretas
Resumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar as narrativas de três mulheres pretas e periféricas e suas táticas cotidianas em busca de dignidade, partindo da premissa de que o repertório legal brasileiro e as ações de âmbito governamental não asseguram o mínimo para a vida digna dessas mulheres. Ao acessar essas narrativas, um conjunto de memórias, leituras de si, são acionadas tecendo, assim, um “nós compartilhado” que abarca enfrentamentos, astúcias, sobrevivências cotidianas. A escolha metodológica pela pesquisa narrativa permitiu a aproximação das mulheres e com elas viver de uma maneira singular os modos como se sentiram com suas vivências, com suas realizações, seus desejos, suas dores, alegrias, suas peles. As conversas foram realizadas de maneira remota, através de chamadas de vídeo, recursos possíveis devido à pandemia de COVID-19. Os conceitos de Racismo Estrutural, de Ecologia dos Saberes, de Epistemologias de Sul, de Colonialidade e de Escrevivências são abordados e discutidos neste espaço enquanto um debate das mulheres da pesquisa nas suas vivências. A possibilidade de abertura de mais um espaço de debates e discussões, reflexões e autorreflexões compõem as conclusões deste artigo que vislumbra despertar múltiplos sentidos nos leitores ao fim deste passeio cheio de parágrafos e histórias.
Palavras-chave
Narrativas; Racismo Estrutural; Dignidade; Nós Compartilhado
DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2021.61930
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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) DOI: 10.12957/teias