Estudos da deficiência na Educação Profissional e Tecnológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2022.57797

Palavras-chave:

Educação Profissional e Tecnológica, Modelo social de deficiência, Processo educativo

Resumo

Este artigo é fragmento de uma pesquisa concluída em 2016 que investigou, a partir do modelo social da deficiência, como ocorre o processo educativo de estudantes com deficiência em uma instituição de Educação Profissional e Tecnológica. A pesquisa, de natureza qualitativa, teve como sujeitos cinco estudantes que foram convidados a participar de uma entrevista individual semiestruturada. A partir das regularidades presentes nos dados, duas categorias de análise foram elencadas com base na análise de conteúdo. Em relação à categoria Autoinstauração na constituição do indivíduo, o objetivo é possibilitar a valorização das singularidades dos estudantes com deficiência, assim como o seu acesso a direitos humanos básicos como formação educacional e profissional, representando assim a inclusão social desse público. Concernente à categoria Acessibilidade Arquitetônica e Metodológica, a estrutura física da instituição, bem como os procedimentos de ensino adotados pelos docentes, apresenta barreiras ao processo de aprendizagem dos estudantes entrevistados e não corresponde aos pressupostos do modelo social de deficiência. Pode-se inferir que o princípio do modelo médico de deficiência ainda está presente na instituição, contudo, existem iniciativas por parte dos docentes, técnico-administrativos e da equipe de gestão para a superação desse modelo. Como possibilidade, propõe-se a formação docente continuada de forma sistemática e fundamentada nos princípios do modelo social de deficiência.

Biografia do Autor

Ana Paula Boff, Pedagoga no Instituto Federal de Santa Catarina. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Possui Graduação em Pedagogia pela Universidade do Vale do Itajaí (2010), Especialização em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de SC (2016) e Mestrado em Educação pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (2012). Atualmente é pedagoga do Instituto Federal de Santa Catarina e estudante de pós-graduação - nível doutorado da Universidade Federal de Santa Catarina.

Patricia Rosa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, IFSC - Campus Florianópolis.

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995). Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013). Professora de Filosofia do IFSC - Campus Florianópolis.

Anelise Maria Regiani, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Química.

Possui graduação em Química Bacharelado pela Universidade de São Paulo (1994) e Formação Pedagógica em Química (equivalente à Licenciatura) pelo Centro Universitário Claretiano (2013), mestrado em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (2000). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado

01-03-2022

Como Citar

Boff, A. P., Rosa, P., & Regiani, A. M. (2022). Estudos da deficiência na Educação Profissional e Tecnológica. Revista Teias, 23(68), 291–306. https://doi.org/10.12957/teias.2022.57797

Edição

Seção

Artigos de Demanda Contínua