#UERJRESISTE: a politização de si através das selfies
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2020.48630Palavras-chave:
cibercultura, subjetivação, politização de selfies, FacebookResumo
A rede social Facebook vem possibilitando aos usuárixs[1] de seu sistema a tematização das fotos de perfil - selfies — a partir de uma abertura a marcações de posicionamento político ou adesão a determinamos movimentos articulados a causas e/ou princípios éticos-políticos. A presente pesquisa busca compreender o modo como essas mobilizações politizadas de selfies se articulam nos cotidianos de sujeitos vinculados ao espaço acadêmico. Ao seguir xs nossxs interlocutorxs de pesquisa, conectamos vestígios de suas redes educativas, que por sua vez nos dão sinais de uma virada nos significados narcísicos e hedonistas, politizando suas selfies.
[1] Pocahy (2019) vem fazendo o uso do sinal «x» como forma de colocar sob rasura noções consagradas e inflexões binárias de gênero. A noção de que certos conceitos, expressões, noções “[...]não servem mais – não são mais ‘bons para pensar’ – em sua forma original, não reconstruída”. (HALL, 2001, p. 104). Portanto, mais do que fazer caber múltiplos gêneros ou posições de sexualidade por meio de sinais como o próprio X ou @, *, #, _, ´e´ etc. tenta-se, com essa rasura linguística, evidenciar que a gramática marca a diferença. Não se trata de uma forma inclusiva, embora guarde essa potencialidade, mas justamente deseja-se expor que a linguagem não somente não é neutra, mas que corresponde a uma arena de disputa sobre regimes de visibilidade que se articulam vivamente na produção e na marcação da diferença. Ao mesmo instante, introduz-se aqui uma materialidade estética (estilística do signo e do sinal) que corresponde de uma disposição ética, abrindo os termos de uma agonística (política) da/na/com a língua. (POCAHY, 2019, p. 88).
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