<b>DAS TERRAS DE PRETO A SALA DE AULA: MODALIDADE EDUCACIONAL QUILOMBOLA, UM ENSINO PARA TODOS</b>

Autores

  • Eleno Marques de Araújo Unifimes - Centro Universitário de Mineiros

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2018.29313

Palavras-chave:

Terras de preto. Educação. Movimento social. Lutas. Direitos.

Resumo

RESUMO: Este artigo discute sobre a nova modalidade educacional brasileira a partir das perspectivas da educação quilombola. Subjaz por estruturação o pensamento do Prof. Boaventura de Sousa Santos ao sustentar o interacionismo epistemológico dos seres invisíveis, ausentes em muitas ações afirmativas. Ressalta-se que nesta tipologia de discurso, as lutas e avanços de todos os atores interacionistas foram expressões concretas e centrais que fizeram surgir “das terras de preto” uma sociedade que luta por melhores condições sociopolíticas há aproximadamente 500 anos. Por meio da educação, e de per si, também a familiar, transformam pessoas simples em ‘cidadãs’ e atores centrais deste enredo de luta, sofrimento e conquistas. Para tanto, esse processo histórico-social-cultural vem na contramão da colonialidade, onde foram extirpadas oportunidades de serem inseridos como seres humanos que são e reconhecidos como povos nacionalmente brasileiros. Neste cenário, onde as autoatribuições de trajetórias de vidas foram alimentadas pela resistência que, guardados na memória, no linguajar, na produção do trabalho entre outros, produziu o nascer de uma aprendizagem significativa a “Afropedagogia dos Negros”. No primeiro momento são praticadas nos domínios familiares, nos terreiros de matrizes africanas, nos quilombos, no jogar das capoeiras, entre outros. Esses enfoques fazem partes da temática dialogada pelo WhatsApp com os componentes do GEFOPI - Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, vinculado a UEG, Câmpus São Luís de Montes Belos. Por conseguinte, faz-se necessário abrir as mentes para fundamentar-se, alimentar-se e informar-se desta nova visão de mundo multicultural de educação que é um marco civilizatório da negritude, razão maior do seu pertencimento quilombola.

Biografia do Autor

Eleno Marques de Araújo, Unifimes - Centro Universitário de Mineiros

É Licenciado em FILOSOFIA pela Universidade Federal de Goiás (1994). Bacharel em TEOLOGIA pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2003). MESTRADO em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2003). DOUTORADO em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2012) - bolsista da FAPEG. É Licenciando em Pedagogia pela FACIBRA (2014). Atuou como professor na Universidade Estadual de Goiás - UEG - Campus de São Luís de Montes Belos e Iporá - GO, na Faculdade Montes Belos - GO - FMB e no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás - IFITEG, onde coordenou o Curso de Filosofia (2010-2013). Lecionou nos cursos de Letras e Pedagogia na UEG e em Direito e Pedagogia na FMB. Na área de Filosofia tem experiência profissional com as disciplinas de: Introdução à Filosofia, Filosofia da religião, Filosofia, Ética I e II, Seminários I, II, III e IV, Filosofia da Educação, Filosofia do Direito. Atua também em disciplinas afins como Antropologia e Educação, Pesquisa e Educação, Educação e Práticas Sociais I e II, Metodologia Científica,Teoria Geral do Estado e Ciência Política, História da Educação. Na área da Teologia e Fenômeno Religioso, atua também em disciplinas como Introdução à Teologia, História das Religiões, Teologia Filosófica, Teologia dos Sacramentos, Teoria Evolucionista dentre outras. É Pesquisador membro dos grupos de pesquisa: GEFOPI-UEG e NEPEM-Unifimes. É autor dos seguintes artigos: Literatura e Filosofia: Literatura e Filosofia: um corte literário/filosófico em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Sacerdócio Instituído e Outras Experiências Religiosas, Observações sobre Hermenêutica Ecológica e Mito e Sacerdócio Segundo a Ordem de Melquisedec e Além dos @teismos na contemporaneidade. Publicou seu primeiro livro com o título: A Alma sob o olhar filosófico e teológico. Artigo: Educação e Cultura na perspectiva de Emancipação. É professor e Diretor de Pesquisa na Unifimes - Centro Universitário de Mineiros.

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Publicado

01-07-2018

Como Citar

Araújo, E. M. de. (2018). <b>DAS TERRAS DE PRETO A SALA DE AULA: MODALIDADE EDUCACIONAL QUILOMBOLA, UM ENSINO PARA TODOS</b>. Revista Teias, 19(53), 6–19. https://doi.org/10.12957/teias.2018.29313

Edição

Seção

Imagens e sons para além das escolas