Construções sobre a infância em processos migratórios transnacionais:Gêneros e espaços para políticas de identidade?

Autores

  • Cornelia Ribes Giebeler Universidade de Ciências Aplicadas Bielefeld, Alemanha

Resumo

Entendo a migração da infância como uma parte da investigação da infância, que deve responder a novos desafios teóricos e metodológicos. Por um lado, baseia seu conceito na obstinação desta, que produziu suas próprias regras e normas, não sendo mais vistaapenas como uma “fase” no caminho para a vida adulta. A infância não se entende como um caminho para a vida adulta, a infância é algo complexo em si. Atualmente tal perspectiva poderia ser de importância nos estudos de migração, saindo da ótica da infância migratória como vigilância e perigo para osestados-nação; ou como vítima, nos processos migratórios. A infância dentro da migração desenvolveu suas próprias continuidades e coerências para poder sobreviver, suas próprias estratégias de gestão, suas próprias formas do conhecimento, que se pode entender como aprendizagem nos itinerários em seu caminho. Estas experiências no caminho em direção ao sonho americano, formam novas identidades com mais significação que nos adultos. Exige também uma visão de formação metodológica, que os situa como formadores de seus caminhos, assim como nos centros de atenção por um lado de uma metodologia do dar e receber, que pode ser realizada através de vários métodos como: os da reconstrução biográfica, a discussão de grupo, o desenho de mapas cognitivos, a fotografia e filmagem próprias, as oficinas de reconstrução, o trabalho biográfico, o trabalho e análise de casos. As organizações político-sociais, de trabalho social, defensora dos direitos infantis e também as de ordem política ou de regulamentação (reguladores) que canalizam seus trabalhos na infância migratória, concentram-se na vulnerabilidade dos meninos e meninas; ou então em sua exclusão, como potenciais e reais delinquentes. Com o conceito de Itinerários e sua busca a partir da perspectiva do ser humano que age, na qual os mapas internos de meninos e meninas são reconhecidos para os pesquisadores como eles próprios, se oferece um caminho de formação com intervenção orientada, que não só reflita os processos de identidade, mas que funciona também de uma forma recíproca.

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Publicado

16-04-2013

Como Citar

Giebeler, C. R. (2013). Construções sobre a infância em processos migratórios transnacionais:Gêneros e espaços para políticas de identidade?. Revista Teias, 14(31), 20 pgs. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/24339