Vadiagem, Crime e Civilização: A Casa de Detenção da Corte como espaço educativo (1880-1889)

Autores

  • Jailton Alves de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Este artigo tem como principal objetivo discutir como a antiga Casa de Detenção da Corte, idealizada para ser um lugar para presos correcionais, pode ser considerada como um espaço de educação para milhares de homens (livres e libertos), mulheres e crianças, que as elites imperiais consideravam pertencentes ao mundo da rua, portanto eram “vadios” em potencial. Para tanto, concentramo-nos em perceber imbricações entre educação, vadiagem e a instituição, em discursos do período imperial, sobretudo em dispositivos legais como o Código Criminal do Império e o Código de Posturas Municipais. A partir das análises do Regulamento, destinado ao bom funcionamento da instituição, percebemos tentativas de “educar” os presos, produzindo comportamentos desejáveis e incitando a produtividade a partir do trabalho nas oficinas internas. Cumpririam, assim, um papel importante na constituição de uma sociedade mais “civilizada”. Palavras-chave: Educação. Criminalidade. Prisão.

Biografia do Autor

Jailton Alves de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Historiador e mestrando em Educação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

16-08-2012

Como Citar

de Oliveira, J. A. (2012). Vadiagem, Crime e Civilização: A Casa de Detenção da Corte como espaço educativo (1880-1889). Revista Teias, 13(28), 15 pgs. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/24231