Representação e transgressão: percursos femininos em uma Itália que se reinventava

Autores

  • Patrícia Alexandra Gonçalves Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Andreza de Araújo Mello Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Bruna Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Deisielly Guedes Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Marseille Lopes Costa Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Pedro Henrique Neves Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/italianouerj.2021.69138

Palavras-chave:

Mulheres. Patriarcado. Renascimento. Poesia. Cartas.

Resumo

RESUMO: O presente artigo tem por objetivo apresentar uma faceta do Renascimento italiano pouco reconhecida pelo cânone: a atuação de mulheres na vida artístico-cultural italiana. Escolhemos para nosso corpus uma patrocinadora das artes, Isabella D’Este, três poetisas, Vittoria Colonna, Veronica Franco e Gaspara Stampa, para, através de seus percursos podermos refletir sobre a posição feminina de então e sobre a nossa própria realidade: nenhum direito é imutável, é necessário que todos estejamos sempre atentos a possíveis restrições. O acesso à educação para mulheres sempre foi mais restrito, pois seu papel na sociedade, embora muito necessário ao desenvolvimento coletivo, sempre foi apontado como algo menor. Por causa disso, sua participação na vida cultural costumava se restringir à posição de público ouvinte, raramente sendo alçada à posição de produtora de arte. Nas próximas páginas, esboçaremos um retrato de cinco mulheres que ultrapassaram os limites a ela impostos e por via dessas transgressões conquistaram um espaço na História.

Palavras-chave: Mulheres. Patriarcado. Renascimento. Poesia. Cartas.

 

ABSTRACT: Questo articolo mira a presentare una faccia del Rinascimento italiano poco riconosciuto dal canone: la partecipazione delle donne nella vita artistica e culturale italiana. Abbiamo scelto per il nostro corpus una mecenate delle arti, Isabella D'Este, tre poetesse, Vittoria Colonna, Veronica Franco e Gaspara Stampa, in modo che attraverso il loro percorso possiamo riflettere sulla posizione femminile di quel tempo e sulla nostra realtà: nessun diritto può essere visto come qualcosa che sarà sempre lì e perciò dobbiamo essere sempre attenti. L'accesso all'istruzione per le donne è sempre stato più limitato, perché il loro ruolo nella società, pur essendo molto necessario per lo sviluppo collettivo, è sempre stato indicato come qualcosa di più piccolo. Per questo motivo, la loro partecipazione alla vita culturale era limitata alla posizione del pubblico ascoltatore, raramente cresciuta alla posizione di produttore d'arte. Nelle prossime pagine, disegneremo un ritratto di cinque donne che superarono i limiti loro imposti e attraverso queste trasgressioni conquistarono uno spazio nella storia.

Parole chiave: Donne. Patriarcato. Rinascimento. Poesia. Lettere.

 

ABSTRACT: This paper aims to present a facet of the Italian Renaissance little recognized by the canon: the role of women in Italian artistic-cultural life. We chose for our corpus a patron of the arts, Isabella D'Este, three poets, Vittoria Colonna, Veronica Franco and Gaspara Stampa, so that, through their paths, we can reflect on the feminine position at that time and about our own reality: no right is immutable, it is necessary that we are always aware of possible restrictions. The access to education for women has always been more restricted, because their role in society, although very necessary for collective development, has never been highlighted. For this reason, their participation in cultural life used to be restricted to the position of listening audience, rarely being raised to the position of art producer. In the following pages, we will sketch a portrait of five women who have exceeded the limits imposed on them and through these transgressions have conquered a place in History.

Keywords: Women. Patriarchy. Renaissance. Poetry. Letters

Biografia do Autor

Patrícia Alexandra Gonçalves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora de Língua e Literatura Italianas, Doutora em Estudos Literários pela UFF e Mestra em Língua e Literatura Italianas pela USP.

Andreza de Araújo Mello, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Estudante de Letras, habilitação Língua portuguesa e Língua italiana e respectivas literaturas.

Bruna Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduada em Letras, habilitação Língua portuguesa e Língua italiana e respectivas literaturas pela UERJ, atualmente é aluna do Mestrado em Literatura Portuguesa na UERJ.

Deisielly Guedes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduada em Letras, habilitação Língua portuguesa e Língua italiana e respectivas literaturas pela UERJ, atualmente estuda Pedagogia também pela UERJ.

Marseille Lopes Costa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Estudante de Letras da UERJ, habilitação Língua portuguesa e Língua italiana e respectivas literaturas.

Pedro Henrique Neves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Estudante de Letras da UERJ, habilitação Língua portuguesa e Língua italiana e respectivas literaturas.

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Publicado

2022-07-13

Como Citar

Gonçalves, P. A., Mello, A. de A., Oliveira, B., Guedes, D., Costa, M. L., & Neves, P. H. (2022). Representação e transgressão: percursos femininos em uma Itália que se reinventava. Revista Italiano UERJ, 12(2), 15. https://doi.org/10.12957/italianouerj.2021.69138

Edição

Seção

Artigos