Tratamento cirúrgico da tuberculose pulmonar

Autores

  • Giovanni Antonio Marsico Cirurgião Torácico do Instituto de Doenças do Tórax da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IDT-UFRJ). Cirurgião Torácico do Hospital Geral do Andaraí.

Resumo

Antes do surgimento dos fármacos antituberculose, o repouso e a colapsoterapia eram os tratamentos disponíveis para a tuberculose pulmonar. Em 1821, James Carson, na Inglaterra, foi o primeiro a defender o uso do pneumotórax para tratamento da tuberculose. Nessa época, já se sabia que ocorria melhora clínica nos doentes com tuberculose pulmonar que complicavam com pneumotórax ou derrame pleural. Entretanto, somente em 1892, Carlo Forlanini provocou pneumotórax visando ao tratamento da tuberculose pulmonar por meio do colapso da área pulmonar afetada. Dessa maneira, o bacilo, que é aeróbio, tem a sobrevivência comprometida. Em 1912, Jacobeus aperfeiçoou o método: com o auxílio de um cistoscópio passou a desfazer as aderências pleurais que impediam o colapso da região doente. O pneumotórax terapêutico, associado ao repouso, passou então a ser largamente empregado. Contudo, o volume de pneumotórax considerado satisfatório e adequado para o colapso somente era obtido e mantido em 25% dos pacientes, sendo que 20% complicavam com empiema e cerca de um quinto morriam entre dez e vinte anos. Em 1933, o pneumoperitônio associado à paralisia frênica temporária ou definitiva, foi introduzido no tratamento da tuberculose. Com a elevação do diafragma, ocorre compressão dos lobos inferiores, porém, com pouco efeito sobre as cavidades apicais. Hoje os métodos estão em desuso.

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Publicado

2006-12-31

Edição

Seção

Artigos