Tratamento Convencional na Doença Inflamatória Intestinal

Autores/as

  • Renata Fróes Mestranda - PGCM-FCM - UERJ. Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG); Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).

Resumen

Os principais objetivos do tratamento dadoença de Crohn (DC) e da retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) são o controle dos sintomas, o equilíbrio nutricional, a melhora da qualidade de vida e mais recentemente o conceito de remissão endoscópica com cicatrização da mucosa. Os medicamentos atuam no bloqueioou ativação de diferentes células, receptores emediadores participantes da cascata inflamatória visando à interrupção da inflamação e a remissão da doença. O tratamento convencional se baseia no acréscimo de drogas cada vez mais potentes, porém com mais possibilidades de efeitos colaterais, conforme a resposta insuficiente na etapa anterior. Este escalonamento progressivo de medicamentos é conhecido como “step up”. A primeira linha de tratamento para RCUI e DC colônica são os aminosalicilatos com dose de indução de 4g e ao menos metade desta dose para manutenção da remissão. Nos casos de não compensação clínica com doses máximas de salicilatos orais e tópicos, a adição de imunossupressores é indicada, sendo o mais utilizadoa azatioprina 2mg/kg. A DC de delgado, por não se beneficiar da ação dos salicilatos, já tem indicação de imunossupressores no início do tratamento. Como a otimização da azatioprina só ocorre em cerca de 3 a 4 meses, autoriza-se o início simultâneo de corticoide oral, sendo a forma mais utilizada a prednisona 1mg/kg (máx 80mg/d) por 30 a 60 dias, com diminuição gradativa das doses devido ao risco de insuficiência adrenal. Em casos de reposta insuficiente com imunossupressores, a terapia biológica oua cirurgia costumam ser, nesta ordem, a próxima etapa de tratamento. As fístulas perianais exigem abordagem específica e antibióticos como ciprofloxacina e metronidazol podem ser tentados. A colocação de sedenho de forma combinada à abordagem clínica vem melhorando a efetividade do tratamento desta complicação. Os efeitos colaterais das medicações e a necessidade de um tratamento contínuo mesmo em indivíduos assintomáticos devem ser pontos bem esclarecidos para garantir a adesão adequada ao tratamento proposto.

Biografía del autor/a

Renata Fróes, Mestranda - PGCM-FCM - UERJ. Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG); Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).

Mestranda - PGCM-FCM - UERJ.Especialista em Gastroenterologia pela Federeção Brasileira de Gastroenterologia (FBG); Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).