Hipotensão pós-exercício induzida por treinamento aeróbio, de força e concorrente: aspectos metodológicos e mecanismos fisiológicos
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.8717Resumo
Evidências indicam que reduções crônicas na pressão arterial (PA) provocadas por exercício físico dependem, em grande medida, da capacidade de se induzir após cada sessão de treinamento o fenômeno da hipotensão pós‑exercício (HPE). A presente revisão descreve artigos sobre contribuição do exercício aeróbio, de força e concorrente para a HPE, bem como apresenta possíveis mecanismos fisiológicos envolvidos. A ocorrência de HPE após diferentes tipos de exercício parece ser bem-aceita, tanto em indivíduos normotensos, quanto hipertensos. Contudo, a dose ótima de exercício aeróbio (ex.: relação entre intensidade, duração, modo de exercício e forma de execução) e de força (ex.: relação entre intensidade, volume e massa muscular envolvida) para maximizá-la permanece incerta. Dúvidas também persistem em relação aos diversos mecanismos fisiológicos envolvidos na HPE, que parecem ser diferentes no exercício aeróbio e de força. Destacam-se os mecanismos centrais e locais associados, respectivamente, à diminuição do débito cardíaco (DC) e resistência vascular periférica (RVP). Nesse sentido, os mecanismos envolvidos na HPE após o exercício aeróbio associar-se-iam tanto a fatores centrais (ex.: diminuição da atividade nervosa simpática), quanto a fatores periféricos (ex.: vasodilatação sustentada pela liberação de óxido nítrico, prostanglandinas e receptores da histamina). Na força, a HPE parece relacionar-se, principalmente, com a diminuição do DC e a queda do volume sistólico, em reposta à menor perfusão miocárdica ocasionada pela maior compressão sequencial dos vasos.
Descritores: Pressão arterial; Fisiologiacardiovascular; Exercício; Promoção da saúde.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(4):99-110
doi:10.12957/rhupe.2013.8717