Velocidade de marcha, quedas e sua autoeficácia como modelos preditores de fragilidade

Autores

  • Lilian Atalaia-Silva Departamento de Fisioterapia. Centro Universitário Estácio Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Kelly C. Atalaia-Silva Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Santo Antonio de Jesus, BA, Brasil.
  • Eliane F.C. Banhato Departamento de Psicologia. Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Danielle V. Guedes Departamento de Psicologia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Roberto A. Lourenço Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Cláudia Helena C. Mármora Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2018.40862

Resumo

Introdução: A fragilidade é uma síndrome que acomete idosos
mais vulneráveis, predispondo à incapacidade funcional e até
ao óbito. O objetivo do presente trabalho foi investigar se o
modelo composto por velocidade de marcha, número de quedas
e sua autoeficácia poderia explicar o desfecho fragilidade
em idosos. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal
em uma amostra de idosos da comunidade da cidade
de Juiz de Fora (MG). Foram utilizados os instrumentos Falls
Efficacy Scale International (FES-I); cálculo da velocidade de
marcha e questionário sobre quedas. Resultados: A amostra foi
composta por 427 idosos, sendo 40 considerados frágeis pelo
fenótipo de fragilidade. O beta encontrado foi de 2,259 e todas
as variáveis foram estatisticamente significativas (p<0,001). O R
de Nagelkerke foi de 0,468, indicando que o modelo, composto
por velocidade de marcha, FES-I e número de quedas, explica
47% da variável dependente: fragilidade. Discussão: As variáveis
analisadas mostraram-se boas preditoras da síndrome da
fragilidade. Com base nesses dados, poderão ser desenvolvidos
modelos de diagnóstico e cuidado para o idoso frágil (detecção
precoce e tratamento) e para o idoso não frágil (prevenção primária)
com a utilização de instrumentos validados para o país,
considerando que ainda não existem trabalhos dessa natureza
e com essa abrangência na realidade brasileira. Conclusão:
Velocidade de marcha, número de quedas e FES-I parecem
ser preditores importantes do desfecho fragilidade em uma
amostra representativa de idosos comunitários.


Descritores: Fragilidade; Marcha; Cognição; Acidentes
por quedas.

Biografia do Autor

Lilian Atalaia-Silva, Departamento de Fisioterapia. Centro Universitário Estácio Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Departamento de Fisioterapia. Centro Universitário Estácio Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Kelly C. Atalaia-Silva, Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Santo Antonio de Jesus, BA, Brasil.

Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Santo Antonio de Jesus, BA, Brasil.

Eliane F.C. Banhato, Departamento de Psicologia. Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Departamento de Psicologia. Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Danielle V. Guedes, Departamento de Psicologia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Departamento de Psicologia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Roberto A. Lourenço, Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Cláudia Helena C. Mármora, Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

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Publicado

2019-03-18

Edição

Seção

Artigos