O uso de dispositivos auxiliares para marcha em idosos e sua relação com autoeficácia para quedas

Autores

  • Vanessa S. Albuquerque Faculdade de Fisioterapia. Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Laíze P. Fernandes Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade Presidente Antônio Carlos - Campus VI. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Cláudia Helena C. Mármora Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2018.40858

Resumo

Introdução: O aumento da longevidade impõe cada vez mais a
necessidade de estudos relacionados à promoção do envelhecimento
funcional e com maior independência e autonomia.
Neste contexto, a utilização dos dispositivos auxiliares para a
marcha visando prevenção de quedas e a melhora da qualidade
de vida nessa população pode ser positiva aumentando
a autoeficácia para queda, como também interferir de forma
negativa aumentando o risco de quedas. O objetivo deste estudo
foi verificar se existe relação entre o uso de dispositivos
auxiliares para marcha no aumento da autoeficácia para quedas
nos idosos participantes. Método: Trata-se de um estudo
descritivo com dados do Banco FIBRA – JF com a utilização
das variáveis de interesse para os objetivos deste estudo. A
amostra foi composta por 280 idosos, sendo verificado o uso
de dispositivos auxiliares para a marcha e as respostas da Escala
de autoeficácia para quedas (FES-I). Resultados: A relação da
autoeficácia com o uso de dispositivos auxiliares foi significativa
nas questões que dizem respeito a subir ou descer escadas,
andar sobre superfície escorregadia e subir e descer uma ladeira.
Os resultados do grupo sem dispositivo auxiliar de marcha
(GSDAM), foram significativos quanto à autoeficácia nos itens
relativos às atividades externas e sociais. Ao compararmos a
autoeficácia com o evento de quedas no GSDAM, foi verificada
uma relação direta entre os indivíduos que se mostraram
extremamente preocupados em cair e os que de fato caíram.
Conclusão: O uso de dispositivos auxiliares para a marcha não
aumenta efetivamente a autoeficácia para quedas em idosos,
e tais dispositivos não podem ser considerados instrumentos
únicos e confiáveis na prevenção de quedas.


Descritores: Bengala; Equipamentos assistivos; Fisioterapia;
Acidentes por quedas; Idoso frágil.

Biografia do Autor

Vanessa S. Albuquerque, Faculdade de Fisioterapia. Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Faculdade de Fisioterapia. Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Laíze P. Fernandes, Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade Presidente Antônio Carlos - Campus VI. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade Presidente Antônio Carlos - Campus VI. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Cláudia Helena C. Mármora, Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

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Publicado

2019-03-18

Edição

Seção

Artigos