Representações sociais da satisfação com a vida de idosos aposentados

Autores

  • Elaine A. Moura Setor de Fisioterapia. Hospital Universitário. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Francisco E. F. Delgado Departamento de Psicologia. Instituto de Ciências Humanas. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Cláudia Helena C. Mármora Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2018.40806

Resumo

Introdução: O processo de envelhecimento e o período da
aposentadoria não ocorrem ao sujeito isoladamente. Concepções
correntes da sociedade acerca de tais movimentos
da vida, que são as representações sociais, interferirão diretamente
na forma como os indivíduos experienciam essas
fases. Por isso é importante compreender a satisfação com
a vida em idosos aposentados segundo suas características
sociodemográficas. Materiais e métodos: Foram avaliados 300
idosos aposentados por meio de uma entrevista estruturada e
semiestruturada, que abordou as variáveis sociodemográficas
e a satisfação com a vida. Foi utilizado o software Statistical
Package for Social Sciences versão 20 para análise estatística.
Resultados: Dos 300 idosos avaliados, 61,7% eram do sexo
feminino; a maioria estudou até o nível fundamental (61,6%),
52% são casados ou vivem com algum companheiro(a); apresentaram
idade média de 74,33 ± 6,61 anos; renda média de
R$ 2317,8 ± 2259,8; e média de filhos de 2,12 ± 2,0. Ao avaliar
a satisfação com a vida nestas variáveis, a única que apresentou
diferença estatística foi o número de filhos (p = 0,00037).
Discussão: As representações sociais dos idosos aposentados
sobre a satisfação com a vida permitiram evidenciar que está
ocorrendo uma reestruturação do impacto que a aposentadoria
causava na vida do indivíduo, permitindo uma superação
de dificuldades psico-sócio-históricas na configuração do
envelhecimento e da aposentadoria. Conclusões: A maneira
como um indivíduo que envelhece consegue manter um
funcionamento psicológico positivo e aumentar sua satisfação
com a vida ao chegar à aposentadoria é uma questão
importante para a sociedade.


Descritores: Envelhecimento; Aposentadoria; Satisfação
pessoal.

Biografia do Autor

Elaine A. Moura, Setor de Fisioterapia. Hospital Universitário. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Setor de Fisioterapia. Hospital Universitário. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Francisco E. F. Delgado, Departamento de Psicologia. Instituto de Ciências Humanas. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Departamento de Psicologia. Instituto de Ciências Humanas.
Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Cláudia Helena C. Mármora, Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

Faculdade de Fisioterapia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.

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Publicado

2019-03-18

Edição

Seção

Artigos