Nível de atividade física de lazer habitual em adolescentes escolares

Autores

  • Pedro M. Hakme Programa de residência em Medicina de Família e Comunidade. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Maria Inez P. Anderson Departamento de Medicina Integral e Familiar. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Rosimere J. Teixeira Departamento de Medicina Integral e Familiar. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.29446

Resumo

A população brasileira apresenta um estilo de vida cada vez mais sedentário. Existem poucos estudos sobre o nível de atividade física de lazer habitual (NAFLH) entre adolescentes escolares. Nosso objetivo foi determinar a prevalência do NAFLH não escolar e a frequência da prática de diferentes esportes em adolescentes de uma escola pública do Rio de Janeiro. Foram avaliados os dados de um questionário aplicado a 264 adolescentes de ambos os sexos com idade média de 12,7±1,7 anos, como parte do Projeto Saúde Escolar. Quanto à atividade física de lazer habitual (AFLH) fora do período escolar foram avaliados: percentual de alunos ativos, frequência  semanal e duração da prática de atividade física, esportes mais praticados e o porquê da inatividade física. Do total, 61% dos adolescentes declararam praticar AFLH não escolar, com predomínio do sexo masculino (72% x 47%) entre os fisicamente ativos. Somente 26% praticam atividade física diariamente, sendo que os meninos apresentam maior frequência  semanal (p=0,05). Quanto à duração, 51% praticam mais de 1 hora/dia. O futebol (61,5%) e a dança (33%) foram as atividades mais praticadas entre meninos e meninas, respectivamente. Os principais motivos para a inatividade física no período de lazer não escolar foram “falta de tempo”, “falta de interesse” e “falta de lugar”. Não há consenso na literatura quanto ao modelo de questionário a ser aplicado em estudos do gênero. Consideramos, portanto, serem necessários novos estudos epidemiológicos utilizando-se questionários validados que incluam a análise dos hábitos de vida dos familiares.

Descritores: Atividade física; Adolescente; Escolar.

Biografia do Autor

Pedro M. Hakme, Programa de residência em Medicina de Família e Comunidade. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Programa de residência em Medicina de Família e Comunidade. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Maria Inez P. Anderson, Departamento de Medicina Integral e Familiar. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral e Familiar. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Rosimere J. Teixeira, Departamento de Medicina Integral e Familiar. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral e Familiar. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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