Perfil de saúde física e capacidade funcional em uma população de idosos residentes na comunidade

Autores

  • Cristiane de Oliveira Novaes Polo Interdisciplinar na Área do Envelhecimento, Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Virgílio Garcia Moreira Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Interna. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Laboratório de Pesquisas em Envelhecimento Humano (GeronLab). Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Roberto A. Lourenço Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Interna. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Laboratório de Pesquisas em Envelhecimento Humano (GeronLab). Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Ana Paula F. B. Cupertino

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.20067

Resumo

Introdução: Doenças e agravos à saúde tornaram-se muito prevalentes com o envelhecimento populacional. Objetivo: analisar o perfil de saúde autorreferida e a capacidade funcional em idosos na comunidade e seus fatores associados. Metodologia: estudo transversal em idosos maiores que 60 anos. A amostra de 956 indivíduos da comunidade selecionada aleatoriamente nos bairros com mais 15% de idosos nos anos de 2002 e 2003 na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Entrevista em domicílio com questionário estruturado contendo quatro domínios: autopercepção da saúde física, autocuidado e uso de serviços de saúde, comportamentos de risco e capacidade funcional. Resultados: idade 72,3 anos (± 8,2), 71,9% mulheres. 98% da amostra com relato de pelo menos uma doença. 68,5% e 72,% consideraram que sua autopercepção de saúde e memória são razoáveis ou boas, respectivamente. 83,1% fazem uso regular de medicação, 7,8% se declararam fumantes. 24,8% praticavam atividade física. 92,9% negavam alterações nas atividades básicas de vida diária e 57,2% nas atividades instrumentais. Mulheres com maior ocorrência de morbidades, comparativamente (p<0,001). Aqueles com maior perda funcional eram mais sedentários, se internavam mais, maior uso de medicações e morbidades. (p<0,001). Discussão: A feminilização da velhice foi observada neste estudo. Apesar de mais engajadas ao autocuidado, denotou-se pior capacidade funcional e maior uso de medicações. Na amostra, o declínio da saúde física foi evidenciado pelo comprometimento da capacidade funcional e número de morbidades. Conclusão: A maior parte da amostra é feminina, com pelo menos uma morbidade, usuários de medicações e funcionalmente independentes.

Descritores: Envelhecimento; Comorbidades; Vulnerabilidade; Adultos frágeis.

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Publicado

2015-12-30

Edição

Seção

Artigos