Perfil de saúde física e capacidade funcional em uma população de idosos residentes na comunidade
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.20067Resumo
Introdução: Doenças e agravos à saúde tornaram-se muito prevalentes com o envelhecimento populacional. Objetivo: analisar o perfil de saúde autorreferida e a capacidade funcional em idosos na comunidade e seus fatores associados. Metodologia: estudo transversal em idosos maiores que 60 anos. A amostra de 956 indivíduos da comunidade selecionada aleatoriamente nos bairros com mais 15% de idosos nos anos de 2002 e 2003 na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Entrevista em domicílio com questionário estruturado contendo quatro domínios: autopercepção da saúde física, autocuidado e uso de serviços de saúde, comportamentos de risco e capacidade funcional. Resultados: idade 72,3 anos (± 8,2), 71,9% mulheres. 98% da amostra com relato de pelo menos uma doença. 68,5% e 72,% consideraram que sua autopercepção de saúde e memória são razoáveis ou boas, respectivamente. 83,1% fazem uso regular de medicação, 7,8% se declararam fumantes. 24,8% praticavam atividade física. 92,9% negavam alterações nas atividades básicas de vida diária e 57,2% nas atividades instrumentais. Mulheres com maior ocorrência de morbidades, comparativamente (p<0,001). Aqueles com maior perda funcional eram mais sedentários, se internavam mais, maior uso de medicações e morbidades. (p<0,001). Discussão: A feminilização da velhice foi observada neste estudo. Apesar de mais engajadas ao autocuidado, denotou-se pior capacidade funcional e maior uso de medicações. Na amostra, o declínio da saúde física foi evidenciado pelo comprometimento da capacidade funcional e número de morbidades. Conclusão: A maior parte da amostra é feminina, com pelo menos uma morbidade, usuários de medicações e funcionalmente independentes.
Descritores: Envelhecimento; Comorbidades; Vulnerabilidade; Adultos frágeis.