Acompanhamento da síndrome antifosfolipídeo (SAF) obstétrica

Autores

  • Flávia C. dos Santos
  • Nilson R. de Jesús
  • Guilherme R. R. de Jesús

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.18361

Resumo

A morbidade gestacional é uma forma bem reconhecida de apresentação da síndrome antifosfolipídeo (SAF), que é parte do critério de classificação. A SAF obstétrica é responsável por causar grandes impactos emocionais devido às perdas gestacionais que ocasiona e impactos financeiros em virtude do aumento da morbidade gestacional. Depois do diagnóstico apropriado, o tratamento de pacientes com SAF gera um aumento significativo na taxa de nascidos vivos, embora o risco de outras morbidades obstétricas como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal (CIUR) e prematuridade permaneçam altas. Abortamentos recorrentes do primeiro trimestre (excluindo anomalias cromossômicas), perda fetal tardia, e trombose materna são características da síndrome antifosfolipídeo obstétrica (SAF). Complicações obstétricas como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal, parto prematuro e óbito fetal também ocorrem com mais frequência em pacientes com SAF do que na população geral. O acompanhamento e a eventual intervenção em gestantes com SAF devem ocorrer em um Centro de referência em gestações de alto risco. A associação com o Lúpus faz com que ocorra um risco adicional para trombose quando os anticorpos antifosfolipídeos estão presentes. Os resultados gestacionais com fetos nascidos vivos aumentam para 80% quando a terapia antitrombótica é iniciada, mas a falha em 20% a 30% dos casos, mesmo com o tratamento correto que consiste em aspirina em baixa dose com ou sem heparina, revela novos mecanismos para a perda fetal na SAF ainda não compreendidos. Nesse artigo, nós iremos revisar também como os medicamentos interferem no mecanismo patogênico da SAF e discutiremos o impacto do tratamento atual recomendado na morbidade gestacional.

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Publicado

2015-06-30