A empatia médica e a graduação em medicina

Autores

  • Bruna C. Provenzano Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • André P. G. Machado Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Mary Rangel Departamento de Tecnologias da Informação e Educação em Saúde. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Renata N. Aranha Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.13941

Resumo

O modelo biopsicossocial de assistência preconiza que, para que se tenha atenção integral, é essencial que haja uma relação médico-paciente sólida, tendo na comunicação seu alicerce. Nesse contexto, a empatia médica, um dos catalisadores desse processo comunicativo, é conceituada como uma adequada compreensão do paciente pelo médico e a capacidade de comunicar esta compreensão. É um conceito multidimensional, com quatro aspectos principais: emocional, moral, cognitivo e comportamental. Desde a metade do século XX, a empatia médica vem sendo considerada uma competência fundamental para o médico contemporâneo. Diante disso, surgiram diversos instrumentos que permitem sua avaliação e mensuração entre os estudantes e os profissionais de saúde. A Escala Jefferson é um dos principais exemplos, tendo sido aplicada em diversas universidades ao redor do mundo. De uma forma geral, os resultados mostraram dicotomia entre os dois gêneros, redução da empatia ao longo dos anos da formação médica e associação negativa com a escolha de especialidades tecnológicas pelo estudante. No Brasil, ainda há poucos estudos envolvendo essa questão. No I Censo MedUERJ, abrangendo os alunos de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi realizada a avaliação da empatia médica por meio dessa escala, corroborando a diferença entre homens e mulheres, porém não a sua redução ao longo da graduação, nem a disparidade quanto à opção por especialidades. Permanecem, portanto, controvérsias acerca do tema, que merecem esforços em seu esclarecimento, visto que, por se tratar de uma competência cognitiva, a empatia pode ser aprendida pelos estudantes, cabendo à escola médica a responsabilidade de ensiná-la.

Descritores: Empatia médica; Educação médica; Estudantes de medicina.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(4):19-25

doi: 10.12957/rhupe.2014.13941

Biografia do Autor

Bruna C. Provenzano, Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

André P. G. Machado, Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Mary Rangel, Departamento de Tecnologias da Informação e Educação em Saúde. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Tecnologias da Informação e Educação em Saúde. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Renata N. Aranha, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-12-30