Diabetes na gestação
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12136Resumo
Devido ao aumento da idade materna e à epidemia de obesidade, a prevalência de gestantes com diabetes tipo 2 ou que desenvolvem diabetes mellitus gestacional (DMG) tem sido cada vez maior. A associação do diabetes com aumento do risco de complicações materno-fetais é conhecida há muitos anos, mas foi apenas em 2008 que a forte e contínua relação entre níveis glicêmicos acima do normal e risco de complicações fetais foi confirmada por meio de um grande ensaio clínico prospectivo. Atualmente, a investigação quanto à presença de diabetes na gestação é recomendada para todas as gestantes, pela realização de glicemia de jejum na primeira consulta do pré-natal e de TOTG (Teste Oral de Tolerância à Glicose) entre a 24ª e a 28ª semanas. O tratamento realizado por equipe multidisciplinar e com objetivo de manter o controle glicêmico o mais próximo possível do normal possibilita a redução das taxas de morbimortalidade materno-fetais. O objetivo desta revisão é discorrer sobreepidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico, complicações, acompanhamento e tratamento de gestantes portadoras de diabetes tipo 1 ou 2 e das portadoras de DMG, ressaltando-se as semelhanças e peculiaridades de cada caso, com base nos principais estudos e consensos mais recentes.
Descritores: Diabetes mellitus; Diabetes gestacional; Gestação.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):40-47
doi: 10.12957/rhupe.2014.12136