Restrição de Crescimento Intrauterino
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12135Resumo
São denominados fetos pequenos para a idade gestacional (PIG) aqueles que têm o peso estimado abaixo do percentil 10. A Restrição do Crescimento Intrauterino (CIR) é a principal causa de fetos PIG e está associada à alta taxa de morbimortalidade fetal e neonatal. Seu adequado diagnóstico, além do acompanhamento, tem impacto como marcador de assistência à mãe e ao feto. Esta revisão tem como objetivo auxiliar o manejo desta grave condição, tentando auxiliar na diminuição dos efeitos deletérios sobre o feto e o neonato. Atualmente, além do investimento em tratamento neonatal, tem-se procurado investir no reconhecimento precoce das pacientes com maior risco de terem fetos com CIR e nas formas terapêuticas de aumentar sua prevenção, diminuindo, assim, sua incidência e gravidade. As principais causas de CIR são: alterações genéticas, infecções e insuficiência placentária. Reconhecer estas causas ajuda na decisão do momento apropriado do parto. De todas, a insuficiência placentária é a mais comum e a que apresenta os maiores desafios, por ser paradoxalmente a que tem menor potencial letal e, ao mesmo tempo, a que mais mata em nosso meio. O adequado manejo de gestações com CIR causado pela insuficiência placentária impõe a necessidade do pleno conhecimento da sequência das alterações hemodinâmicas feto-placentárias ao Doppler, para a decisão em relação a necessidade e o momento adequado, dependendo da idade gestacional (IG), de se antecipar o parto, tendo em vista a ação danosa que a prematuridade pode somar a estes fetos, com repercussões desfavoráveis que podem ir além do período perinatal.
Descritores: Retardo do Crescimento Fetal, RCIU; Ultrassonografia doppler; Insuficiência placentária.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):32-39
doi: 10.12957/rhupe.2014.12135